Uma adolescente que planejou cada detalhe do seu funeral ao descobrir que tinha um raro câncer incurável morreu na Grã-Bretanha. Donna Shaw, de 17 anos, morreu na casa da mãe em Alvaston, no condado de Derbyshire, na segunda-feira.
Como requisitado por ela própria, a adolescente será cremada no vestido de madrinha que usou no casamento da mãe com o padrasto.
A mãe, Nikki Parker, disse que seguirá exatamente as instruções que a filha deixou escritas em uma carta. "Ela deixou uma carta com todos os detalhes do funeral: quem ela quer que carregue o caixão, as cores das flores, as músicas de Michael Jackson e Whitney Houston" disse.
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"Você nunca espera enterrar os filhos, mas sei que ela estará sempre olhando por mim lá de cima. Obviamente, Deus a quis para algo melhor."
Homenagem
Donna foi diagnosticada em fevereiro de 2010 com Sarcoma de Ewing, uma forma rara de tumor ósseo maligno que atinge principalmente crianças e adolescentes.
Após passar por uma cirurgia que retirou 80% do tumor principal em seu braço esquerdo, ela foi submetida a um tratamento de quimioterapia.
Em janeiro deste ano, porém, recebeu a notícia de que os remédios não estavam funcionando e que o câncer havia se espalhado.
"Ela nunca desistiu. Tentou tudo que os médicos indicaram. Fez operações, todas as transfusões de sangue, diagnósticos de imagem e tentou levar a vida o mais normal que pôde", disse a mãe.
Para ela, a determinação da filha em aceitar de cabeça o seu destino a torna uma "inspiração" para todos ao seu redor.
"Ontem à noite (terça-feira), em Alvaston, 40 amigos dela acenderam velas para ela, o que foi muito comovente. Eu não sabia que tanta gente tinha tanto carinho pela minha filha", disse a mãe.
"Hoje de manhã, fui na página dela no Facebook e demorei mais de uma hora lendo todos os votos. Ela era tão amada e adorada. É como dizem - ela se foi, mas nunca será esquecida."
Medo de dormir
Ao saber da falta de chances de Donna, a mãe pediu demissão de seu trabalho em um restaurante para cuidar da filha. "Esses são os últimos desejos de uma menina de 17 anos e é o que vai acontecer quando chegar a hora", disse, à época.
Apesar da coragem na luta contra o câncer, Donna dizia que tinha medo de ir dormir. "Não tenho medo de morrer. Tenho medo de deixar minha família", dizia.