Um estudo publicado pelas Nações Unidas, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Secretaria Nacional de Justiça do Brasil revelou que os goianos estão entre os brasileiros que mais são deportados ou barrados em aeroportos no exterior.
Durante o período de um mês, os pesquisadores entrevistaram 73 pessoas que voltaram ao Brasil pelo aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), depois de terem sua entrada recusada em outros países ou de terem sido deportados por causa de uma estada irregular no exterior.
O objetivo era descobrir mais sobre a dinâmica dos processos migratórios dos brasileiros e suas vinculações com o tráfico internacional de pessoas, traçando um perfil socioeconômico deste grupo de imigrantes.
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A pesquisa também buscava saber mais sobre os motivos pelos quais eles realizaram a viagem e as condições em que foram mandados de volta ao Brasil.
Segundo relatos dos entrevistados, Inglaterra e Irlanda estão entre os principais destinos dos brasileiros, mas os caminhos para se chegar ao objetivo final podem ser tortuosos, com vôos indiretos para tentar driblar as autoridades de imigração.
Entre as pessoas abordadas durante a pesquisa, 16 chegavam do Reino Unido, 15 da França e 14 da Itália. Entre as que declararam estar viajando para trabalhar no exterior, a maioria citou os baixos salários como motivação para a viagem.
Muitos relutaram em responder as perguntas dos pesquisadores por causa do desânimo em estar de volta ao Brasil, freqüentemente depois de passar por situações difíceis.
De acordo com as informações do estudo, o "ar de simplicidade e pobreza" muitas vezes contribui para que as autoridades de imigração impeçam a entrada de brasileiros no exterior.
O estudo ressalta que as pessoas que tiveram a entrada recusada disseram ter sido mais mal tratadas no exterior do que aquelas que foram deportadas.