O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que o governo poderá intervir no mercado, caso as empresas aéreas aumentem abusivamente os preços das passagens devido à redistribuição dos vôos.
"Esse é um problema a ser examinado tendo em vista a decisão das empresas, mas evidentemente nós vamos privilegiar sempre a segurança. Se essas tarifas ficarem abusivas, o governo vai intervir, não tenha dúvidas", disse, antes de jantar na casa do governador Sérgio Cabral, na zona sul da cidade. Segundo o ministro, trata-se de problema a ser examinado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Jobim reafirmou que o governo federal não aceitará pressão das empresas que são contrárias à redefinição da malha aérea: "Isso é certo, não adianta tentativa de pressão para que se mantenha algo que leva à insegurança. As empresas querem insistir em um hub [centro de distribuição de vôos] que foi formado por elas mesmas e que leva insegurança à população, quando nós temos é que privilegiar essa segurança".
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Sobre a criação da Secretaria de Aviação e a possibilidade de esvaziamento da Anac, o ministro disse não ser essa a intenção: "A secretaria está sendo criada para dar execução às decisões do Conselho de Aviação Civil".
E admitiu que no encontro com o governador seria abordada a presença das Forças Armadas na prevenção à violência no estado. Jobim lembrou que "a intervenção é uma decisão constitucional" e informou que analisaria as limitações para atender a essa necessidade. "A disposição do presidente Lula é de procurar atender aos pleitos estaduais, sempre obedecendo aos limites constitucionais", completou.
ABr