O procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, anunciou nesta quinta-feira (4) a anulação da política imposta pelo ex-presidente Barack Obama de desencorajar processos contra o mercado de maconha nos estados onde a erva foi legalizada.
Autorizada por Donald Trump, sucessor do democrata, a medida é uma "declaração de guerra" contra a liberalização da cannabis, cuja venda, compra e posse é proibida por leis federais. Atualmente, o uso recreativo de maconha é permitido em oito estados norte-americanos: Alasca, Califórnia, Colorado, Maine, Massachusetts, Nevada, Oregon e Washington, além do Distrito de Columbia.
Já a utilização medicinal da planta também é autorizada em Arizona, Arkansas, Connecticut, Dakota do Norte, Delaware, Flórida, Geórgia, Havaí, Illinois, Louisiana, Maryland, Michigan, Minnesota, Montana, New Hampshire, Nova Jersey, Novo México, Ohio, Rhode Island, Vermont e Virgínia Ocidental.
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Em um memorando de uma página divulgado nesta quinta, Sessions diz que os procuradores federais devem decidir por conta própria se dedicam recursos a casos relacionados à maconha, baseados nas outras demandas de seus distritos.
Segundo ele, os promotores devem seguir os "princípios bem estabelecidos de todos os processos federais", ao considerar a gravidade do crime e seu impacto na comunidade. No entanto, ainda não está claro como a mudança pode afetar o mercado da cannabis nos estados que a legalizaram.
A nova medida já é alvo de críticas, inclusive dentro do Partido Republicano. O senador conservador Cory Gardner, do Colorado, disse que o Departamento de Justiça "pisoteou" a vontade dos eleitores, já que a liberação do uso recreativo da erva foi aprovada pelo voto popular.
Durante a "era Obama", a estratégia da pasta era desencorajar ações que interferissem na venda de maconha nos estados onde ela foi liberada.