Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (12) sua saída da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), por acreditar que a entidade tenha um viés "anti-Israel".
"Lamento profundamente pela decisão dos Estados Unidos de se retirar da Unesco, que foi notificada oficialmente por meio de uma carta do secretário de Estado Rex Tillerson", diz um comunicado da diretora-geral da organização, Irina Bokova.
Segundo ela, a saída dos EUA representa uma "perda" para a "família das Nações Unidas e para o multilateralismo". "O trabalho da Unesco não terminou, e continuaremos a seguir em frente para construir um século 21 mais justo, pacífico e igualitário, por isso a Unesco precisa do compromisso de todos os Estados", acrescenta a nota.
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A decisão de Washington foi motivada pelas recentes resoluções da Unesco contra Israel, como aquela que retira do país a soberania sobre Jerusalém e outra que se refere a locais sagrados para judeus e muçulmanos apenas pelo nome islâmico.
Além disso, a entidade já condenou os assentamentos israelenses em Hebron, na Cisjordânia, declarada como "patrimônio histórico palestino". No entanto, a revista "Foreign Policy" especula que também tenha pesado para a decisão a dívida de US$ 500 milhões dos EUA com a Unesco.
A quantia se acumula desde 2011, quando o país suspendeu suas contribuições por causa do reconhecimento da Palestina como Estado-membro. As resoluções da Unesco também foram duramente criticadas por Israel e por alguns países europeus, inclusive a Itália, nos últimos meses, mas nenhuma dessas nações se retirou da entidade.