O governo grego rejeitou hoje (16), em Bruxelas, a primeira proposta de compromisso apresentada pelo Eurogrupo para viabilizar o pagamento de credores do país. Uma fonte do governo da Grécia considerou a proposta "absurda" e "inaceitável", por exigir que o país prolongue o atual programa de assistência financeira.
Para o governo grego, "nessas circunstâncias, não é possível chegar hoje a um acordo" entre Atenas e os seus parceiros europeus em relação ao futuro da assistência financeira à Grécia.
De acordo com o rascunho da declaração do Eurogrupo, ao qual a Lusa teve acesso, o governo grego deveria comprometer-se a pedir a extensão do atual programa - que expira no final do mês -, e conclui-lo com sucesso. O documento também prevê que a eventual flexibilização a ser concedida às autoridades gregas teria como base o atual programa, que o governo do novo primeiro-ministro Alexis Tsipras já disse não reconhecer mais.
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O novo governo grego defende a implantação de um programa transitório "até final de maio" enquanto o país negocia um novo contrato com os parceiros europeus, que solucione "de uma vez por todas" a crise.
A Grécia está sob assistência financeira internacional desde 2010, com dois empréstimos concedidos em conjunto pela Comissão Europeia, pelo Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional (FMI), em troca de duras medidas de austeridade. Em dezembro, terminaria o programa de resgate europeu, mas o pacote foi prorrogado até o fim de fevereiro.