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Cessar-fogo

Hamas deve aceitar proposta de trégua

Redação - Folha de Londrina
23 jun 2003 às 20:12

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O grupo extremista islâmico Hamas e outros grupos palestinos estão prestes a aceitar uma suspensão dos ataques contra israelenses, disseram nesta segunda-feira autoridades palestinas, ao mesmo tempo em que Israel alertava que pode não aceitar o que considera um cessar-fogo tático para dar às milícias tempo de se reagruparem para mais violência.

Os termos do provável acordo entre o primeiro-ministro palestino Abu Mazen e os grupos não estão claros. Um mediador palestino que esteve em contato com ambos lados disse que a trégua teria um final em aberto e se aplicaria não só a Israel, mas também à Cisjordânia e à faixa de Gaza -condição importante para Israel.

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Porém, o líder de um dos grupos armados, que pediu anonimato, disse que o Hamas aceitará apenas uma trégua de três meses. Líderes do grupo Jihad islâmico estariam tentando convencer seus membros a aceitar um acordo limitado, mas enfrentariam oposição.

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Autoridades palestinas, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Nabil Shaath, e o ministro da Informação, Yasser Abed Rabbo, estavam otimistas, dizendo esperar uma resposta positiva dos grupos. Um líder do Hamas, Mahmoud Zahar, disse que o anúncio não seria feito nesta segunda - contradizendo informações anteriores de autoridades palestinas - mas disse que a decisão viria logo.

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Autoridades palestinas disseram esperar uma resposta positiva do Hamas à proposta de cessar-fogo com Israel, talvez até o final do dia, e fontes diplomáticas egípcias afirmaram que o anúncio seria feito no Cairo.


Líderes do Hamas desligaram seus telefones e se negaram a dar entrevistas. Um cessar-fogo é crucial para a implementação do plano de paz elaborado pelo Quarteto (Rússia, EUA, ONU e União Européia), que prevê a criação de um Estado palestino até 2005.

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Na primeira fase, os palestinos devem combater os grupos militantes, enquanto Israel deve deixar gradualmente os territórios ocupados depois do início da Intifada (revolta palestina contra a ocupação israelense), em setembro de 2000.


Mas ondas de violência e esforços de cessar-fogo têm sido provocados tanto pelo Hamas como por Israel. A concordância de grupos militantes palestinos em suspender seu levante armado poderia ser um importante passo para sair do impasse.


Israel disse que aceitaria um cessar-fogo. Porém, autoridades israelenses continuam a suspeitar, dizendo que uma trégua seria apenas um plano para os militantes ganharem tempo para se reagruparem para mais ataques. Mazen declarou que não usaria a força contra militantes, temendo o início de uma guerra civil.

Uma fonte palestina envolvida nas negociações de cessar-fogo afirmou que uma cópia da proposta de cessar-fogo foi enviada a Khaled Mashal, dirigente do Hamas em Damasco (Síria). A proposta não especifica a duração do cessar-fogo.


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