Um biólogo marinho australiano passou 13 dias vivendo em uma cápsula debaixo d’água, usando algas regadas com sua própria urina como alimento e fonte de oxigênio e gerando sua própria eletricidade. Lloyd Godson, de 29 anos, queria provar que é possível viver submerso, de forma auto-sustentável, enclausurado num sistema ecológico.
O habitat aquático de 14,4 metros cúbicos incluía uma bicicleta ergométrica, que gerava energia para um laptop à prova d’água, uma pequena cama, um toalete portátil e, como entretenimento, um tambor, que o cientista tocava sem perturbar ninguém, a não ser seus vizinhos subaquáticos.
Durante a estada, Godson usou ainda uma máquina que extraía a umidade do ar e a transformava em água pura para beber. De dentro da cápsula, Godson também enviava mensagens a estudantes de todo o mundo, que entravam em contato com ele através da internet.
Leia mais:
Em nova acusação contra Diddy, homem diz que foi drogado e estuprado em carro
Opas se preocupa com aumento de casos de dengue, oropouche e gripe aviária nas Américas
La Niña ainda pode ocorrer em 2024, mas sem força para reverter aquecimento, diz agência
Polarização é palavra do ano de 2024 para dicionário Merriam-Webster
Segundo o website do projeto, Godson deixou para se alimentar da alga apenas nos últimos dias de sua aventura subaquática para não "sofrer indigestão". Antes disso, um time de mergulhadores voluntários levava comida para o biólogo através de uma passagem da superfície à sua base.
O projeto, denominado BioSub, foi o vencedor da categoria "Aventureiro mais Radical" de um concurso chamado "Viva o seu Sonho", promovido pela revista Australian Geographic. O prêmio era de 50 mil dólares australianos, o equivalente a 85 mil reais.
Com o sucesso do experimento, o cientista da NASA Dennis Chamberland convidou Godson para integrar um outro projeto aquático em 2009.