O chefe da polícia do Estado, Jeffrey Miller, disse que um homem identificado como o caminhoneiro Charles Carl Roberts, de 32 anos, entrou na escola de uma comunidade religiosa Amish com uma espingarda e uma pistola automática, liberou os meninos - além de uma mulher grávida e três mulheres que estavam com crianças pequenas - e ficou apenas com meninas na sala.
Roberts teria então mandado as alunas se alinharem ao longo do lousa e amarrado os seus pés. Avisada por telefone por uma professora que conseguiu fugir para uma fazenda vizinha, a polícia cercou o prédio.
O atirador chegou a dizer que começaria a matar as reféns se os policiais não deixassem o local em dez segundos. Em seguida, tiros foram ouvidos de dentro do colégio e os policiais entraram na escola, que tinha apenas uma sala.
Leia mais:
Músicas inéditas de Michael Jackson são encontradas em depósito nos EUA
Em nova acusação contra Diddy, homem diz que foi drogado e estuprado em carro
Opas se preocupa com aumento de casos de dengue, oropouche e gripe aviária nas Américas
La Niña ainda pode ocorrer em 2024, mas sem força para reverter aquecimento, diz agência
Dentro da sala foram encontradas as três meninas mortas e sete feridas, que foram levadas a hospitais da região.
Uma das meninas feridas teria depois morrido no hospital, de acordo com informações obtidas pela agência de notícias France Presse.
Segundo Miller, duas das vítimas fatais eram alunas da escola, voltada para estudantes entre seis e 13 anos. A terceira era aparentemente ajudante da professora, já que era um pouco mais velha que as demais.
Os policiais dizem que Roberts matou as meninas com tiros na cabeça a pequena distância, como se as tivesse executado.
"Vingança"
Miller disse que o motivo ainda estava sendo investigado, mas acrescentou que Roberts "aparentemente" disse à sua mulher que estava se vingando de algo ocorrido 20 anos atrás.
A escola fica numa área rural da Pensilvânia habitada predominantemente pelos amish, como são os chamados os membros de uma comunidade cristã que prega a vida simples, sem as comodidades da vida moderna, restringindo, por exemplo, o uso de carros e telefones.
Segundo o chefe da polícia do Estado, Roberts não era amish.
O ataque, que chocou a pacata comunidade Amish, é o terceiro incidente violento em uma escola dos Estados Unidos em uma semana. Na última sexta-feira, um homem armado invadiu uma escola do Colorado, rendeu alunas e feriu fatalmente uma, antes de se matar. Na quarta-feira, um estudante de 15 anos matou o diretor da sua escola, no Estado de Wisconsin.
Os Amish são seguidores de um ramo ultraconservador do cristianismo. Eles são reclusos e rejeitam muitos dos confortos da vida moderna, como telefone e carros. Eles também se recusam a prestar serviço militar e rejeitam assistência do governo.
Eles se vestem com roupas simples, e em algumas comunidades não é permitido usar roupas com botões. Eles falam inglês e também um dialeto de inglês e alemão chamado de holandês da Pensilvânia.