Um homem de 31 anos, que sobreviveu a uma parada cardíaca e passou 18 minutos sem respirar, voltou para casa neste domingo em Newport, no País de Gales.
De acordo com médicos, uma pessoa normalmente consegue sobreviver até quatro minutos depois que para de respirar, no caso de uma parada cardíaca. Depois disso, a probabilidade maior é de que ela morra ou sofra sequelas.
Mas Rob Waggett sobreviveu ao incidente sofrendo apenas perda da memória para fatos recentes.
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Ele havia ido dormir cedo, num domingo à noite, com sintomas de gripe quando, duas horas depois, sua mulher, Dianna, percebeu - por uma babá eletrônica - que ele estava tendo dificuldades de respirar.
Ao chegar ao quarto, Dianna viu o marido dar o último suspiro, se despediu dele e ligou para os serviços de emergência, que a orientaram a tentar ressuscitá-lo com massagem cardíaca.
"Ele morreu em meus braços", disse ela ao jornal local South Wales Argus. "Eu disse adeus e disse que o amava."
Paramédicos
A mulher chamou um vizinho para ajudá-la e, quatro minutos depois, a ambulância chegou à casa deles. Os paramédicos usaram desfibriladores para dar choques no paciente seis vezes. Na sétima tentativa, 18 minutos depois de ter parado de respirar, ele voltou a buscar ar.
Waggett, pai de dois filhos, foi internado em um hospital após o incidente, onde passou três dias em coma induzido. Os médicos advertiram Dianna que ele provavelmente sofreria sequelas se sobrevivesse nas próximas 48 horas.
"Comecei a me sentir de luto porque achei que não havia esperança, não sabia o que ia dizer para meus dois filhos pequenos", disse Dianna.
Quando seu marido acordou, Waggett não reconheceu a mulher, que montava vigília ao seu lado,o que foi considerado normal pelo fato de seu cérebro ter ficado sem alimentação de oxigênio por tanto tempo. Mas no dia seguinte, entretanto, ele acordou e perguntou às enfermeiras: "Por que minha mulher está dormindo no chão?".
Aos poucos, Waggett, funcionário do governo local, começou a recuperar suas memórias mais antigas e três dias depois estava pronto para se encontrar com seus filhos.
Os médicos do hospital universitário de Wales, em Cardiff, instalaram um marca-passo nele, mas ainda não identificaram as causas do ataque cardíaco. Eles disseram a Dianna que o coração de Rob Waggett permaneceu "tremendo" por um tempo quatro vezes maior do que o normal após a parda cardíaca, dando aos paramédicos tempo suficiente para salvá-lo.
"Estou extremamente agradecida aos paramédicos por continuarem tentando", disse Dianna, que explicou que o marido não fumava e vive uma vida saudável.
"Eles não apenas salvaram a vida do Rob, mas também a minha e a das crianças."