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Crise

Honduras ameaça fechar embaixada do Brasil

Agência Brasil
28 set 2009 às 07:50

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O ministro de Relações Exteriores interino de Honduras, Carlos Lopez Contreras, anunciou neste domingo (27) que a embaixada do Brasil será considerada "um prédio privado", caso em dez dias o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não informe oficialmente em que condições o presidente deposto, Manuel Zelaya, está abrigado.

"O Brasil decidiu romper com o governo. Simplesmente, o que estamos fazendo é reciprocidade. As relações diplomáticas são vinculos entre dois países, esse vinculo dá certos direitos e privilégios. E um dos direitos é manter os escudos diplomáticos. O título para ter escudo e tudo isso é acompanhando da relação bilateral. Se não existe essa relação bilateral, tem que se retirar o escudo. Vai ser um escritório privado", explicou Contreras

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Na prática, ssignifica que o Brasil poderá ficar sem embaixada em Honduras. O governo anunciou ainda o rompimento de todas as relações diplomáticas com outros quatro países: Espanha, Argentina, México e Venezuela.

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O ultimato foi dado em entrevista coletiva na Casa Presidencial. De acordo com Contreras, por "cortesia", mesmo que o prazo expire, o prédio não será invadido para a detenção de Zelaya, que pediu abrigo na última segunda-feira (21). O Brasil decidiu não comunicar a situação do presidente deposto, já que não considera legítimo o governo liderado por Roberto Michelleti.

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"Isso não quer dizer que, por cortesia e por relação de civilização que o governo de Honduras tem, vai entrar na embaixada porque não tem o escudo", garantiu.


O ministro conselheiros do Brasil na Organização dos Estados Americanos, Lineu Pupo de Paula, que está dentro da embaixada do Brasil, disse que a situação é "muito séria", mas avalia que, mesmo se o Brasil perder a embaixada, o prédio não deve ser invadido para a captura de Zelaya.

Na noite de sábado (26), o governo de Roberto Micheletti já havia dito que o Brasil tinha um prazo de dez dias para determinar a situação de Zelaya, caso contrário, adotaria medidas "adicionais", previstas na legislação internacional.


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