Monumentos nas principais cidades do mundo, inclusive no Brasil, tiveram suas luzes apagadas por uma hora neste sábado, como parte da campanha Hora do Planeta.
Milhares de pessoas em todo o mundo apagaram as luzes entre 20h30 e 21h30 (no horário local) para protestar contra as mudanças climáticas.
A expectativa dos organizadores era de que 1 bilhão de pessoas participassem da campanha em 3,4 mil cidades de 88 países.
Um dos primeiros lugares a apagar as luzes foi Sydney, na Austrália. Segundo o correspondente da BBC, Nick Bryant, durante uma hora ficou difícil ver os arranha-céus no horizonte da cidade.
Pouco depois, alguns dos principais marcos dos Jogos Olímpicos de Pequim, como o estádio Ninho de Pássaro e o Centro Aquático Nacional (Cubo D´Água), ficaram às escuras.
A China participou da campanha pela primeira vez neste ano. Além da capital, cidades como Xangai, Hong Kong e Guangzhou também apagaram as luzes.
O mesmo se repetiu em vários países, deixando monumentos como o Parlamento e o Big Ben, em Londres, a Torre Eiffel, em Paris, o Empire State Building, em Nova York, o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, no Rio, sem iluminação por 60 minutos.
A Hora do Planeta foi realizada pela primeira vez em 2007, em Sydney, por iniciativa da ONG ambientalista WWF, e desde então ocorre todos os anos, no último sábado do mês de março.
Os organizadores dizem querer demonstrar o que cada pessoa pode fazer para reduzir as emissões de carbono e economizar energia e, com isso, atrair atenção para o problema das mudanças climáticas.
Segundo especialistas, o objetivo da campanha é criar uma grande onda de pressão pública para influenciar as negociações das Nações Unidas que ocorrerão em dezembro, em Copenhague, e buscarão um acordo para substituir o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou seu apoio à iniciativa em um vídeo postado no You Tube. "A Hora do Planeta é uma maneira de os cidadãos do mundo enviarem uma mensagem clara", diz Ban. "Eles querem ações contra as mudanças climáticas."
No entanto, a Hora do Planeta também tem críticos, segundo os quais a iniciativa é um gesto "simbólico e sem sentido".