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Leptina

'Hormônio inibidor de apetite também controla gula'

BBC Brasil
10 ago 2007 às 17:54

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A fome influencia o que e quanto uma pessoa come, mas não é o único fator determinante em seus hábitos alimentares - Arquivo Bonde
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A leptina, um dos principais hormônios responsáveis pela redução do apetite e aumento da sensação de saciedade, também controla as emoções e desejos despertados por comida, de acordo com pesquisadores britânicos.

Uma equipe da Universidade de Cambridge descobriu que as propriedades aprazíveis de alimentos têm um forte impacto nas mesmas regiões-chaves do cérebro responsáveis por emoções e desejos despertados pela comida.

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O entendimento desses processos "é um passo-chave na prevenção e tratamento da obesidade", disse uma das chefes da pesquisa, Sadaf Farooqi. Segundo ela, a descoberta de que o apreço por comida é conduzido por fatores biológicos deve estimular uma atitude mais condescendente em pessoas com problemas de peso.

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Esses fatores fazem com que as pessoas se sintam atraídas por determinadas comidas, mesmo que não estejam sentido fome.

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Cérebro - Com a ajuda de imagens de ressonância magnética, os autores do estudo verificaram como determinadas áreas do cérebro respondem a fotos de comida em pacientes com falta de leptina. Já havia sido estabelecido que estas áreas estavam ligadas a emoções de prazer e desejo. Quando os pacientes receberam leptina, a resposta às fotos de comida verificadas nessas áreas se mostrou reduzida.


Uma das áreas estudadas, conhecida como nucleus accumbens, apresentou uma resposta mais forte às fotos de alimentos considerados mais apetitosos. Por exemplo, sua atividade foi mais intensa diante de uma foto de bolo de chocolate do que de brócolis.

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Em voluntários saudáveis, a ativação do nucleus accumbens por alimentos apetitosos só ocorreu quando a pessoa tinha fome, depois de passar um tempo em jejum.


Mas em pessoas com deficiência de leptina, o nucleus accumbens apresentou a mesma resposta em relação a alimentos apetitosos em situações de fome em comparação com casos em que os pacientes tinham acabado de comer.

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Depois de receberem leptina, a resposta dos pacientes se normalizou, de forma que o nucleus accumbens foi ativado predominantemente por alimentos de que eles gostavam somente quando tinham ficado um longo período sem comer nada e sentiam fome.


A fome influencia o que e quanto uma pessoa come, mas não é o único fator determinante em seus hábitos alimentares. Comer é uma experiência agradável e o sabor da comida desempenha um grande papel e pode levar ao consumo excessivo de alimento quando anulam as indicações biológicas que governam fome e saciedade, de acordo com os pesquisadores.

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Entender o comportamento alimentar implica em se levar em conta fatores fisiológicos e rotas hormonais, e também os processos cerebrais evocados pela visão, cheiro, gosto ou mesmo apenas se pensar em comida.


Os cientistas acreditam que é necessário entender a forma como o processo fisiológico e cerebral interagem estabelecendo padrões de alimentação.


"Embora o peso se mantenha estável em muitas pessoas por um longo período, outras ganham peso muito facilmente. São necessários mais estudos para verificar como estas respostas do cérebro variam em pessoas com problemas de peso em geral. São necessárias pesquisas para verificar como a leptina desperta o aparecimento de outras substâncias químicas no cérebro e como a alteração desses processos contribui para o excesso de alimentação e a obesidade", disse Sadaf Farooqi.

O estudo foi publicado na revista Science.


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