O "Camp Fire", incêndio mais devastador já registrado no estado americano da Califórnia e que deixou pelo menos 85 mortos e quase 300 desaparecidos, foi totalmente controlado, depois de mais de duas semanas, anunciaram os bombeiros neste domingo, em boletim divulgado no Twitter.
Um balanço anterior registrava ao menos 87 mortos, mas as autoridades locais explicaram que adicionaram duas pessoas por engano. O número de desaparecidos foi revisado para 296, contra 249 reportados anteriormente.
Entre os mortos, 54 foram identificados até o momento, segundo o xerife do condado de Butte, norte do estado.
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O Camp Fire arrasou quase 62 mil hectares, 14 mil residências e centenas de outras construções. Nos últimos dias, fortes chuvas caíram na área do incêndio, ajudando os bombeiros, embora tenham dificultado a busca por corpos.
Além do Camp Fire, outro incêndio, o "Woosley Fire", foi declarado paralelamente no sul da Califórnia, em Malibu, lar de celebridades de Hollywood, e deixou três mortos.
A fumaça do Camp Fire foi tão intensa que afetou a cidade de San Francisco. Ainda não se conhece a origem dos dois incêndios, mas, nesta última cidade, várias vítimas abriram um processo contra a fornecedora local de eletricidade Pacific Gas & Electricity (PG&E).
Segundo a denúncia, o incêndio foi causado por faíscas de uma linha de transmissão da empresa.
A Califórnia, vítima de uma seca crônica durante anos, sofreu vários incêndios importantes nos últimos anos. Segundo o governador Jerry Brown, o estado pode esperar um número crescente de grandes incêndios, devido ao aquecimento global.