Os incêndios que atingem 15 dos 18 distritos de Portugal chegaram nesta segunda-feira aos centros urbanos do país. O fogo já matou nove pessoas e destruiu milhares de hectares de florestas. Pela manhã, cerca de 5 mil pessoas se viram ameaçadas pelo fogo nas cidades de Oleiros e Macao. Em Oleiros, no distrito de Castelo Branco, na fronteira com a Província de Cáceres (Espanha), cerca de 20 casas da área urbana pegaram fogo, o que provocou a retirada dos 2.400 moradores da cidade. Em Macao, no distrito de Santarém, o centro histórico da cidade foi alcançado pelas chamas, que destruíram ao menos cinco edifícios.
O Centro Nacional de Operações e Socorro informou que as chamas continuam sem controle em 72 focos, que são combatidos por cerca de 3.000 bombeiros, 400 militares e 780 veículos contra incêndios. O primeiro-ministro de Portugal, José Manuel Durão Barroso, anunciou que na reunião extraordinária do Conselho de Ministros será declarado o estado de ''calamidade pública', que é ''a melhor situação do ponto de vista legal'.
Os incêndios afetam também as comunicações, tanto com o exterior como no interior do país.A ajuda internacional enviou a diferentes pontos do país dois helicópteros alemães, dois aviões italianos e oito aeronaves marroquinas.
Enquanto não existem cifras oficiais sobre a área destruída, alguns veículos de comunicação falam em cerca de 40 mil hectares devastados durante a última semana.