Os cerca de 200 índios da etnia xikrin que ocupam desde o dia 17 as instalações da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) em Carajás (PA) resolveram, nesta quarta-feira (18) à noite, que vão desocupar a área, diante do compromisso assumido pela empresa de reunir-se com lideranças xikrin, no próximo dia 26, na sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Marabá (PA). Em nota distribuída nessa quarta-feira, a Funai informa que intermediou acordo entre os índios e a empresas. As informações são da Agência Brasil.
Segundo a nota, a pauta da reunião é a questão de repasses financeiros para a comunidade no âmbito do termo de compromisso firmado entre os índios e a companhia em maio deste ano.
Os índios querem debater o reajuste de recursos repassados mensalmente pela companhia às comunidade da região. Eles também reivindicam a construção de 60 casas nas aldeias Caeté e Djedjokô e a reforma de estradas de acesso às duas comunidades.
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De acordo com a Funai, um termo de compromisso firmado em maio deste ano previa que o reajuste dos repasses seria discutido em setembro, mas a Vale não enviou representante à reunião marcada na época.
A Vale informou que os índios recebem anualmente R$ 9 milhões, administrados por associações sediadas na sua área de atuação. Esses recursos, de acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), são utilizados em obras de infra-estrutura e na promoção da subsistência das famílias.
Uma das maiores empresas de mineração e metais do mundo, a Companhia Vale do Rio Doce atua em 14 estados brasileiros e em cinco continentes. A produção diária em Carajás é de 250 mil toneladas de minério de ferro.