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A partir de julho

Inglaterra vai endurecer ainda mais entrada de imigrantes

Agência Brasil
27 jun 2010 às 12:49

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No caminho oposto ao defendido nas cúpulas internacionais, como na reunião do G20 (que reúne os países mais ricos e alguns emergentes) que ocorre no Canadá, a Inglaterra vai limitar a entrada de imigrantes a partir do próximo mês. A decisão, uma tentativa de proteger empregos domésticos, também suscita críticas nos meios empresariais ingleses. As informações são da BBC Brasil.

De julho de 2010 a abril de 2011, as autoridades migratórias inglesas permitirão a entrada no país de apenas 24 mil imigrantes de fora da União Europeia. A partir de abril do ano que vem, os planos do governo incluem a aprovação de uma legislação ainda mais restritiva de expedição de vistos de permanência.

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Em 2008, 163 mil imigrantes entraram na Inglaterra. Mas o objetivo da coalizão conservadora-liberal-democrata, que governa o país, é de que este número caia para algo em torno de 50 mil, retornando aos níveis de imigração registrados em meados dos anos 1990. A maioria dos imigrantes que entram na Inglaterra vem de países membros da União Europeia. São imigrantes que, pelas leis comuns do bloco, não podem ser barrados nas fronteiras inglesas.

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Para substituir o teto temporário que ficará em vigor nos próximos meses, a secretária do Interior, Theresa May, conduzirá um processo de consulta pública para definir normas para limitar a entrada de não-europeus.


Algumas organizações empresariais já se pronunciaram contra os planos do governo, alegando que as medidas podem acarretar em falta de mão-de-obra qualificada na já frágil economia britânica. Recentemente, a Confederação de Recrutamento e Emprego, uma das maiores organizações de recrutamento de trabalhadores do país, informou que o setor de saúde e assistência social – que utiliza um grande número de profissionais de países asiáticos e africanos – será especialmente afetado.

No início do mês, a falta de médicos na Inglaterra levou o serviço público de saúde a contratar profissionais indianos. A decisão veio no momento em que, paradoxalmente, muitos médicos do Continente Asiático estão voltando para casa por conta das restrições impostas aos trabalhadores de outros países.


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