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Câncer de pulmão

Instituto Nacional quer alertar sobre tabagismo passivo

Redação Bonde
27 ago 2005 às 19:52

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Nesta segunda-feira, Dia Nacional de Combate ao Fumo, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) pretende reforçar a atenção ao problema do tabagismo passivo. O instituto anunciou que divulgará, no dia, dados inéditos de um estudo da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) sobre os níveis de nicotina no ar em ambientes públicos de sete cidades da América Latina, uma delas o Rio de Janeiro (RJ).

A técnica da Divisão de Controle do Tabagismo do Inca Vera Colombo explica que o tema foi escolhido devido à cobrança da população para que a Lei nº 9294/1996, que proíbe o consumo do tabaco em locais fechados, seja realmente cumprida.

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De acordo com Colombo, as pessoas que ficam em locais fechados por muito tempo em contato com fumantes têm um aumento nas chances de contrair doenças relacionadas ao tabaco. A cada oito horas, em um local fechado, é como se o fumante passivo tivesse fumado de quatro a dez cigarros.

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"Há um risco aumentado em 24% para desenvolver infarto do miocárdio, se ele for comparado com uma pessoa que não se expõe à fumaça, e um risco aumentado de 30% de desenvolver câncer do pulmão com um que não se expõe", alerta Vera Colombo. "A capacidade respiratória das pessoas fica diminuída, existe até 50% a mais de risco para crianças desenvolverem diferentes riscos de infecção respiratória."

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Entre os dados que serão divulgados, ela aponta a constatação de que adolescentes do sexo feminino, entre 13 e 15 anos, têm experimentado mais o cigarro do que os homens. "O sexo feminino não tinha, até um tempo atrás, esse contingente tão grande (de fumantes). Percebemos que hoje as meninas têm uma dimensão a respeito do tabaco como alguma coisa em termos de estilo de vida, não como um problema".


De acordo com ela, foram 12 cidades estudadas, entre Curitiba (PR), Vitória (ES) e Campo Grande (MS), que apresentaram quase uma equiparação do uso do tabaco dessa faixa etária em relação às mulheres de 15 a 24 anos.


Desde 1999, 192 países concordaram em por em prática a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para diminuir o número de tabagistas no mundo. A técnica do Inca explica a necessidade de se efetivar a convenção no Brasil.

"A convenção-quadro vem prevendo e buscando formas de estar protegendo a população, diminuindo o consumo, a prevalência, possibilitando também para o próprio agricultor de ter alternativas para o plantio", disse. Segundo Vera Colombo, a convenção precisa ser aprovada pelo Senado Federal, que tem até 7 de novembro para dar o resultado.


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