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Má organização

Intérprete de memorial de Mandela era falso

Agência Estado
11 dez 2013 às 16:29

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O homem que atuou como intérprete da língua dos surdos-mudos durante o serviço em homenagem a Nelson Mandela não é um profissional da área, afirmou o diretor da Federação de Surdos da África do Sul, Bruno Druchen, nesta quarta-feira.

O escândalo sobre o intérprete é mais um indício da má organização do memorial histórico realizado no enorme estádio de futebol de Johanesburgo na terça-feira. Dentre os problemas registrados estão o colapso do sistema de transporte, que impediu as pessoas de chegar ao evento, e defeitos no sistema de áudio que impossibilitaram milhares de expectadores de ouvir os discursos dos líderes presentes. A segurança também falhou, já que a primeira leva de pessoas que chegou ao local não passou por revista.

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O homem não identificado foi visto em todo o mundo pela televisão perto de líderes mundiais, dentre eles o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. "Ele estava movimentando suas mãos, mas não havia significado no que ele estava fazendo", afirmou Druchen à Associated Press.

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Collins Chabane, um dos dois ministros da Presidência sul-africana, disse que o governo está investigando a questão, mas que os trabalhos ainda não foram concluídos porque o governo está sobrecarregado com a organização do velório de Mandela em Pretória e com seu funeral, no domingo. Ele afirmou que o "governo vai divulgar publicamente qualquer informação que consiga."

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Quatro especialistas em linguagem de sinais, dentre eles Druchen, afirmaram que os gestos feitos pelo homem não fazem parte das línguas de sinais sul-africana ou norte-americana nem de qualquer outro país porque não havia estrutura em seus gestos.


O homem já havia aparecido durante um evento no ano passado, do qual participou o atual presidente sul-africano, Jacob Zuma, informou Druchen. Na época, uma pessoa surda que estava na plateia gravou os gestos do homem e entregou o vídeo à federação de surdos, que analisou o conteúdo, preparou um relatório e enviou uma reclamação formal ao Congresso Nacional Africano, o partido de Zuma, afirmou Druchen.


Na reclamação, a federação disse que o homem deve fazer um curso de cinco anos, necessário para se tornar um intérprete da língua de sinais na África do Sul. Mas segundo Druchen, o partido não enviou uma resposta.

Ele afirmou que uma nova reclamação será feita junto ao CNA, juntamente com a exigência de uma reunião urgente sobre o caso. Fonte: Associated Press.


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