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Polêmica

Israel desiste de expulsar Arafat

Redação - Folha de Londrina
15 set 2003 às 19:26

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Israel, que enfrenta uma onda de protestos internacional, anunciou nesta segunda-feira que não tem a intenção de aplicar, de maneira imediata, a decisão de expulsar o líder palestino Yasser Arafat. ''A decisão do gabinete não implica uma ação imediata'', afirmou à imprensa o chefe da diplomacia Sylvan Shalom.

O gabinete israelense de segurança tomou na quinta-feira passada a decisão de ''livrar-se'' de Arafat, provocando uma onda de protestos da comunidade internacional e dos palestinos, que se manifestaram em massa na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

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Shalom, que se declarou partidário de uma expulsão do presidente da Autoridade Palestina, reiterou que Arafat deveria ser considerado um obstáculo absoluto à paz. ''Enquanto Arafat estiver no poder, não haverá nenhuma possibilidade de paz com os palestinos'', disse.

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Shalom também tentou minimizar as declarações do número dois do governo, Ehud Olmert, que afirmou no domingo que Israel se reserva o direito de eliminar fisicamente Arafat se for necessário.

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Ação britânica - A secretária de Estado britânica para o Oriente Médio, Elizabeth Symons, convocou nesta segunda o embaixador de Israel para lhe dizer que as ameaças de eliminação física de Yasser Arafat eram ''inaceitáveis'', informou à AFP o Foreign Office. ''A baronesa Symons falou com o embaixador e expressou claramente que a expulsão do presidente Arafat seria uma coisa ruim para o interesse de uma paz de longa duração'', acrescentou o gabinete.


Liga Árabe - As ameaças a Arafat também foram motivo de uma reunião de urgência da Liga Árabe, no Cairo. ''Nós apelaremos ao Quarteto internacional (EUA-Rússia-ONU-União Européia) a intervir imediatamente junto ao governo americano e fazer pressão sobre Israel para impedir a aplicação da decisão de expulsar Arafat ou utilizá-la como ameaça'', declarou aos jornalistas o representante palestino junto à Liga, Mohamed Sobeih.


Nações Unidas - Já o coordenador das Nações Unidas para o Oriente Médio afirmou que ''o processo de paz israelense-palestino está bloqueado'' e expressou temer uma nova explosão da violência, depois da decisão de Israel de ameaçar de morte o líder palestino Yasser Arafat.

Informações da France Presse


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