A 2ª Vara Civil de Joaçaba (SC) determinou, nesta quarta-feira (5), o bloqueio da conta do ganhador do prêmio de R$ 27,7 milhões da Mega-Sena. A decisão foi emitida pelo juiz Edemar Gruber, depois de o jovem marceneiro Flávio Júnior Biass afirmar que é o autor da combinação premiada e que seu patrão, Altamir José da Igreja, teria sumido com a aposta. Segundo Biass, o dinheiro deveria ser dividido.
Segundo Biass, ele teria pego uma carona com seu chefe, o madeireiro Altamir José da Igreja, e um colega de trabalho, no sábado (1º), por volta das 12h30. No caminho, iriam aproveitar para fazer uma aposta, mas não havia vaga no estacionamento da lotérica. Para não perder a carona, Flávio decidiu entregar o bilhete para seu patrão, juntamente com o R$ 1,50 da aposta, já que Altamir prometera passar na lotérica mais tarde.
De acordo com a ação ordinária protocolada nesta terça-feira (4) por Biass, seu colega de trabalho presenciou a cena e o momento em que foi firmado um acordo verbal, em que o empregado se dispôs a dividir o prêmio com o patrão, caso fosse premiado.
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A Caixa Econômica Federal (CEF) declarou que o valor do prêmio foi divido por cinco apostadores que se apresentaram numa agência. A Divisão de Loterias da CEF afirmou hoje que o bilhete premiado equivale como um título ao portador e que só a Justiça poderia bloquear o valor.
Os advogados de Biass terão um prazo para apresentar provas e testemunhas de que o jogo seria mesmo do marceneiro. Altamir Igreja, que desde o sorteio do último sábado fechou sua empresa e não é visto na cidade, terá que se defender das acusações para reaver o prêmio.
O prêmio de R$ 55,5 milhões do concurso 898 da Mega-Sena foi sorteado no sábado e é o 2º maior da história da loteria. Dois bilhetes foram premiados: um em Joaçaba (SC) e outro em Porto Velho (RO). Em Rondônia, 13 apostadores dividiram a quantia.