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Argentina

Justiça quer desligar aparelhos que mantêm menino vivo

Redação - Bonde
04 jan 2007 às 21:47

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A Justiça argentina está analisando o caso inédito da possibilidade de desligar os aparelhos que mantêm com vida o garoto Brian Andrade, de cinco anos de idade, que está em estado de coma há quase dois anos em um hospital da cidade de Puerto Madry, na província de Chubut, na Patagônia.

Os médicos do hospital onde Brian está internado argumentam que não podem fazer nada para recuperá-lo, enquanto que os pais rejeitam a possibilidade de desligar as máquinas. O caso adquiriu repercussão nacional e desatou um debate intenso sobre bioética - que envolveu o próprio Ministro da Saúde, Ginés González García - e que discute até que ponto a medicina pode prolongar a vida de pessoas com lesões supostamente irreversíveis.

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Brian está em coma desde abril de 2005, quando foi atropelado ao atravessar uma movimentada avenida. O impacto do choque causou um traumatismo cerebral que o levou ao coma. Os médicos argumentam que o estado é irreversível.

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A polêmica iniciou quando os médicos do Hospital Andrés Isola, de Puerto Madry, propuseram aos pais de Brian o desligamento dos aparelhos que o mantém com vida. Após três tentativas para convencer os pais, os médicos recorreram à Justiça. No meio da polêmica, a Secretária de Saúde de Chubut, Graciela Di Perna, respaldou a decisão do Comitê de Bioética do hospital.

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Os pais de Brian, José e Balbina Andrade, de 24 e 20 anos respectivamente, estão desesperados diante da perspectiva de que o hospital desligue as máquinas que mantêm seu filho com vida. Eles argumentam que o menino está dando sinais de sair do coma, entre eles, pequenos movimentos. O casal afirma que Brian, ocasionalmente, abre os olhos e fixa sua vista neles. Os médicos retrucam, afirmando que esses sinais não passam de reflexos de um corpo em coma.


O casal conta com o respaldo do prefeito da cidade, Carlos Eliceche e do governador de Chubut, Mario das Neves. Os analistas não descartam que o apoio de alguns políticos aos Andrade não passe de oportunismo eleitoral, já que neste ano serão realizadas eleições gerais.

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Os especialistas que estão do lado dos Andrade argumentam que, se o hospital conta com os recursos para manter os aparelhos ligados a Brian, não há motivo algum para desconectá-los. Os especialistas em bioética consideram que será difícil para que um juiz se arrisque a ordenar a ordem de remoção do aparelho de respiração artificial, já que a opinião pública se oporia à medida. O caso, especula-se, poderia chegar à Corte Suprema de Justiça.


O caso de Brian é o primeiro na história da Argentina sobre um debate para aplicar eutanásia à uma criança. Juan Carlos Tealdi, diretor do programa de Bioética do Hospital de Clínicas, um dos mais importantes da Argentina, sustenta que a eutanásia aplica-se quando o paciente ainda tem possibilidades de viver, mas a morte é provocada para evitar sofrimentos. No caso de Brian, indica, não há possibilidade alguma de sobrevivência sem os aparelhos que o sustentam.

O Ministro da Saúde, Ginés González García, propôs um debate sobre as possibilidades atuais que a ciência tem de "tornar a morte mais lenta". Segundo ele, "faltam leis sobre estas possibilidades. Hoje em dia, podemos produzir vida artificialmente ou demorar a morte por muito tempo". (Jornal do Estado/Bem Paraná)


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