O Banco Mundial (Bird) publicou nesta terça-feira um relatório em que recomenda aos governos do Leste Europeu e da Ásia Central esforços maiores no combate a uma epidemia de Aids potencialmente catastrófica.
A região da antiga Cortina de Ferro tem as maiores taxas de crescimento de vítimas de HIV/Aids em todo o mundo, e o Bird propôs um programa para impedir que a doença ameace desestabilizar as sociedades.
As recomendações Banco Mundial fazem parte da estratégia "Evitando crises de Aids no Leste Europeu e na Ásia Central".
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O relatório tem o objetivo de chamar a atenção de políticos e outros para os efeitos profundos que uma epidemia pode ter sobre a economia e a estabilidade social, se não for combatida adequadamente.
Há cerca de um milhão de soropositivos na região e, até os mais otimistas, prevêem que esse número vai saltar para 8 milhões até o fim da década.
Rússia - Atualmente, isso significa 500 mortes por mês só na Rússia. Até 2020, deverão ser 20 mil por mês.
O Bird está preocupado com alguns governos que ignoram a desordem social generalizada nas décadas futuras que pode ser causada por uma onda de infecções de Aids.
A principal prioridade do banco é aumentar o compromisso dos políticos com o combate à doença.
O relatório destaca que, por exemplo, que o atual orçamento para a Aids na Rússia representa apenas 1% do que é investido na Grã-Bretanha, embora o problema seja 20 vezes mais grave.
"Alguns países estão prestando mais atenção ao problema, mas a maior parte dos atuais esforços para evitar o HIV/Aids na região são pequenos demais para ter um efeito no curso da epidemia", afirma o autor do relatório, Olusoji Adeyi.
O documento diz ainda que o financiamento total atualmente destinado ao combate da doença é estimado em US$ 300 milhões e recomenda que ele passe para US$ 1,5 bilhão até 2007.
Enquanto outras agências internacionais tentam aumentar a ajuda local, o Bird entende como seu papel aumentar a troca de informações, ajudando a melhorar a coleta de dados e fornecendo estimativas sobre os impactos sociais e econômicos da epidemia crescente.
Informações da Folha Online