Ao final da reunião do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, afirmou que a Declaração de Goa - aprovada por unanimidade - destaca a atuação do bloco contra o terrorismo.
"Nós ratificamos o compromisso de atuar com decisão contra o terrorismo e as fontes que o financiam e o apoiam. A maior ameaça à prosperidade econômica do planeta é o terrorismo", destacou Modi. Aos líderes, o premier justificou sua afirmativa destacando que a "onda crescente do terrorismo atinge hoje o Oriente Médio, a Ásia ocidental, a Europa e o sul da Ásia".
Além da luta contra o terrorismo, a Declaração de Goa pede por um mundo mais "multipolar", em que a divisão do poder seja mais espalhada entre outras nações. O documento de 109 parágrafos pede diversas mudanças na ordem política mundial, como a reforma do Conselho de Segurança para torná-lo "mais representativo e eficiente".
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O presidente brasileiro Michel Temer também participou da cúpula dos Brics e destacou a importância do país de participar do evento. "Estamos convencidos de que nosso êxito passa por mais cooperação com o mundo. É natural, portanto, que a inserção internacional do Brasil traga o signo do universalismo, relações econômico-comerciais geograficamente equilibradas, cooperação com parceiros de distintos continentes. E que se revigora no diálogo político com países de todos os quadrantes", disse o mandatário.
Após a reunião com os líderes do bloco, Temer ainda participou de uma reunião bilateral com Modi em que anunciou a assinatura de diversos acordos de cooperação no campo farmacêutico e na pesquisa agropecuária. O político ainda destacou que o país enviará missões para a Índia para "ampliar relações" também na área da Defesa. "Essa visita relançou nossa parceria estratégica que se voltará para uma inserção mais competitiva nos mercados globais e para o desenvolvimento de nossas sociedades. Esperamos que esse nosso encontro incremente cada vez mais as nossas relações", acrescentou.