A cidade de Los Angeles, na Califórnia, foi classificada como "a mais congestionada do mundo", segundo o estudo ‘Global Traffic Scorecard’ (Placar do Tráfego Global), divulgado ontem (22), e que analisou 1.064 cidades em 38 municípios e regiões. A pesquisa foi realizada pela empresa de mobilidade urbana Inrix, usando "big data" (cruzamento de um megaconjunto de informações). As informações são da agência chinesa Xinhua.
Com base nas conclusões, os Estados Unidos foram classificados como o país desenvolvido mais congestionado do mundo, respondendo por 11 das 25 cidades mais congestionadas do país. Los Angeles classifica-se como a cidade mais engarrafada dos EUA, com os passageiros gastando uma média de 104 horas em engarrafamentos em 2016, enquanto a média no país foi de 42 horas.
Apesar de ter quase 30 autoestradas e rodovias principais, a segunda maior cidade dos Estados Unidos tem quatro dos segmentos mais congestionados de autoestrada do mundo. "Sinto como se estivesse perdendo meu tempo fazendo nada," disse à Xinhua Julie Lin, um morador de Los Angeles. Ele costuma dirigir para o trabalho todos os dias, e seu trajeto normal de 25 minutos pode facilmente levar de uma a duas horas devido ao congestionamento.
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"Uma economia americana estável, a urbanização contínua das grandes cidades e fatores como o crescimento do emprego e os baixos preços do combustível contribuíram para o aumento do tráfego em 2016," disse Bob Pishue, economista sênior da Inrix. "O congestionamento custa aos EUA centenas de bilhões de dólares, ameaça o crescimento econômico futuro e reduz nossa qualidade de vida," comentou.
O custo do congestionamento para toda a cidade de Los Angeles atingiu 9,6 bilhões de dólares no ano passado devido aos custos diretos e indiretos, o que significa que cada motorista gasta por ano cerca de 2.408 dólares com combustível, tempo desperdiçado e outros custos, diz o estudo.
"Os condutores de Los Angeles passam mais tempo em congestionamento que qualquer outro lugar do mundo devido a vários fatores, incluindo crescimento populacional significativo, alta taxa de emprego, alta produtividade e falta de alternativas de transporte público," afirmou Pishue em outra declaração, citado pelo Los Angeles Business Journal.