A presidenta Dilma Rousseff nomeou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como chefe da missão especial do governo brasileiro na 17ª Assembleia Geral da União Africana, que reúne 52 países e atua na busca por uma solução pacífica para a crise na Líbia. As reuniões começam nesta terça-feira (28) e vão até sexta-feira (1º), em Malabo, na Guiné Equatorial.
A decisão de Dilma foi publicada no Diário Oficial da União de ontem (27), por meio de decreto presidencial. Lula é chefe de uma missão diplomática que reúne três embaixadores – o subsecretário-geral de política do Ministério das Relações Exteriores, Paulo Cordeiro de Andrade Pinto, a embaixadora do Brasil em Guiné Equatorial, Eliana da Costa e Silva Puglia, e a embaixadora brasileira na Etiópia e sede da União Africana, Isabel Cristina de Azevedo Heyvaert.
Em discussão na assembleia estará o empoderamento da juventude para o desenvolvimento sustentável. Lula foi convidado pelo presidente de Guiné Bissau, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, para fazer um discurso. Os países africanos, assim como os latino-americanos, estão entre as prioridades da política externa do governo da presidenta Dilma.
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As reuniões da União Africana ocorrem no momento em que a comunidade internacional discute a questão do agravamento da crise na Líbia e também há expectativas sobre a atuação do ex-ministro José Graziano para a direção-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), eleito no domingo (26) para a gestão que vai até 20l5.
A candidatura de Graziano foi defendida por Dilma e Lula. Para o ex-ministro, o combate à fome e à desnutrição no mundo deve ocorrer por meio de ações integradas a partir de políticas de desenvolvimento e distribuição de renda, a exemplo do que ocorre no Brasil. Porém, segundo ele, é importante respeitar as diversidades e características de cada sociedade e país.