O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu em seu discurso na abertura da 58ª Assembléia-Geral das Nações Unidas o aperfeiçoamento do sistema multilateral da ONU para uma necessária convivência democrática no interior das nações.
"Toda a nação comprometida com a democracia, no plano interno, deve zelar para que, também no plano externo, os processos decisórios sejam transparentes, legítimos e representativos", disse.
Segundo o presidente, as tragédias do Iraque e do Oriente Médio só encontrarão solução num quadro multilateral e, especialmente, com a ONU desempenhando um papel central.
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"Não podemos fugir as nossas responsabilidades coletivas. Pode se vencer uma guerra isoladamente. Mas não se pode construir a paz duradoura sem o concurso de todos", ressaltou, cutucando os Estados Unidos, que têm restringido a participação de outros países na reconstrução do Iraque.
Quanto a disposição de adotar formas mais efetivas de combate ao terrorismo, contra as armas de destruição em massa, e o crime organizado, o presidente brasileiro afirmou que isso é louvável, mas, segundo ele, a ONU não foi criada para remover os escombros dos conflitos que ela não pôde evitar, por mais valioso que seja o seu trabalho humanitário.
"Nossa tarefa central é preservar os povos do flagelo da guerra. Não podemos confiar mais na ação militar do que nas instituições que criamos com a visão da História e à luz da razão", disse Lula.