A criação de mecanismos inovadores de fomento na América do Sul será um dos principais temas em discussão nesta sexta-feira pelos presidentes que participam da XVII Reunião de Cúpula do Grupo do Rio, em Cuzco no Peru.
O secretário especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai insistir junto aos colegas sul americanos no sentido de que, se não houver investimentos maciços em infra-estrutura na região, o desenvolvimento do continente não acontecerá.
Neste sentido, ressaltou, há necessidade de se fortalecer instituições que já funcionam bem, como a Corporação Andina de Fomento (Cafe), da qual o Brasil faz parte, e que tem US$ 20 bilhões para investir na América do Sul.
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Marco Aurélio Garcia lembrou a decisão do governo brasileiro de dobrar o capital do Banco Nacional de Desenvolvimento Economico e Social (BNDES) na Cafe.
Para ele, instituições sul- americanas como a Corporação Andina podem tornar-se embriões de uma agência de fomento ou até mesmo um banco latino-americano de desenvolvimento.
Essa idéia tem ganhado corpo junto a outros governantes, além do presidente Lula, informou o secretário.
Na reunião do Grupo do Rio, o presidente Lula reafirma o compromisso de seu governo de vincular o destino do Brasil ao destino da America do Sul, lembrou Marco Aurélio.
Para o governo brasileiro, gastos com educação, saúde e infra-estrutura reduzem a pobreza e ajudam na geração de emprego e renda.
É este ponto de vista que o Brasil apresentará nas discussões do Grupo do Rio, disse o assessor.
Quanto à necessidade de aumentar os investimentos na região, com ações concretas, Marco Aurélio lembrou dois episódios: o empréstimo de recursos do BNDES para a Argentina e outro para a Colômbia, para a compra de máquinas agrícolas produzidas no Brasil.
"Estamos trabalhando num ritmo europeu de união da América do Sul", disse o assessor.
Já o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que na reunião desta sexta-feira, os presidentes do Grupo do Rio estudarão a formação de fundos que ajudem no financiamento de obras de infra-estrutura na região e na combinação de esforços já existentes, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), da Cafe e do BNDES.