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Grupo do Rio

Lula defende investimentos maciços para desenvolvimento da AL

Agência Brasil
23 mai 2003 às 09:23

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A criação de mecanismos inovadores de fomento na América do Sul será um dos principais temas em discussão nesta sexta-feira pelos presidentes que participam da XVII Reunião de Cúpula do Grupo do Rio, em Cuzco no Peru.

O secretário especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai insistir junto aos colegas sul americanos no sentido de que, se não houver investimentos maciços em infra-estrutura na região, o desenvolvimento do continente não acontecerá.

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Neste sentido, ressaltou, há necessidade de se fortalecer instituições que já funcionam bem, como a Corporação Andina de Fomento (Cafe), da qual o Brasil faz parte, e que tem US$ 20 bilhões para investir na América do Sul.

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Marco Aurélio Garcia lembrou a decisão do governo brasileiro de dobrar o capital do Banco Nacional de Desenvolvimento Economico e Social (BNDES) na Cafe.

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Para ele, instituições sul- americanas como a Corporação Andina podem tornar-se embriões de uma agência de fomento ou até mesmo um banco latino-americano de desenvolvimento.


Essa idéia tem ganhado corpo junto a outros governantes, além do presidente Lula, informou o secretário.

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Na reunião do Grupo do Rio, o presidente Lula reafirma o compromisso de seu governo de vincular o destino do Brasil ao destino da America do Sul, lembrou Marco Aurélio.


Para o governo brasileiro, gastos com educação, saúde e infra-estrutura reduzem a pobreza e ajudam na geração de emprego e renda.

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É este ponto de vista que o Brasil apresentará nas discussões do Grupo do Rio, disse o assessor.


Quanto à necessidade de aumentar os investimentos na região, com ações concretas, Marco Aurélio lembrou dois episódios: o empréstimo de recursos do BNDES para a Argentina e outro para a Colômbia, para a compra de máquinas agrícolas produzidas no Brasil.


"Estamos trabalhando num ritmo europeu de união da América do Sul", disse o assessor.

Já o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que na reunião desta sexta-feira, os presidentes do Grupo do Rio estudarão a formação de fundos que ajudem no financiamento de obras de infra-estrutura na região e na combinação de esforços já existentes, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), da Cafe e do BNDES.


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