O presidente eleito da França, Emmanuel Macron, deixou nesta segunda-feira (8) a liderança do movimento fundado por ele há um ano, o En Marche! [Em Marcha!], que mudará o nome para República Em Marcha para as eleições legislativas do país em junho. As informações são da Agência EFE.
O anúncio foi feito hoje (8) pelo secretário-geral do movimento, Richard Ferrand, que também informou que a ex-delegada nacional do En Marche!, Catherine Barbaroux, ocupará a presidência provisória do movimento, até o congresso de fundação do novo partido, que será em julho deste ano.
Catherine Barbaroux, de 67 anos, que presidirá o movimento interinamente até o congresso, era até agora delegada do En Marche! e procedente da sociedade civil. Ela presidia a Associação pelo Direito à Iniciativa Econômica, maior entidade de microcrédito da França. Antes, foi delegada-geral para o Emprego e a Formação Profissional de quatro ministros, dois socialistas e dois conservadores.
Objetivo é fazer maioria
Leia mais:
Músicas inéditas de Michael Jackson são encontradas em depósito nos EUA
Em nova acusação contra Diddy, homem diz que foi drogado e estuprado em carro
Opas se preocupa com aumento de casos de dengue, oropouche e gripe aviária nas Américas
La Niña ainda pode ocorrer em 2024, mas sem força para reverter aquecimento, diz agência
Richard Ferrand confirmou que o República Em Marcha apresentará candidatos para as 557 circunscrições eleitorais. Pelo menos metade deles procederá da sociedade civil, mas o movimento não descarta abrigar nomes que decidam abandonar os partidos tradicionais franceses.
"O objetivo para as [eleições] legislativas é obter maioria absoluta para que Macron e seu governo tenham os meios necessários para aplicar o projeto político pelo qual foi escolhido", disse o secretário-geral.
Ferrand informou que os nomes dos candidatos do República Em Marcha serão anunciados na próxima quinta-feira (11). Os candidatos terão alguma autonomia, mas, segundo o secretário-geral, está sendo montado um grupo homogêneo, coerente e eficaz para ajudar o presidente eleito em seu projeto de governo.
Ferrand disse que os candidatos do República em Marcha serão proibidos de figurar também nas listas de outro partido, uma alternativa que alguns deputados atuais tinham cogitado utilizar, especialmente membros do Partido Socialista, do atual presidente do país, François Hollande.
De fora da política
Ferrand ressaaltou que a renovação da vida política planejada por Macron "está em marcha" e que o fato de que metade dos candidatos do movimento vir de fora da política tradicional é uma das credenciais do grupo.
"Pretendemos uma maioria de mudança. Vamos evoluir para alargar a base eleitoral, para além da que permitiu a eleição de Macron com dois terços dos eleitores", disse Ferrand. Segundo ele, 50% dos candidatos serão mulheres, um desejo de Macron. E nenhum deles terá antecedentes judiciais. O próprio Ferrand e o primeiro-ministro que Macron escolher comandarão a campanha.