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Desespero

Mãe faz vigília pela filha desaparecida em Sorocaba

Heloísa Prado - Bonde
15 set 2006 às 19:32

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Kathleen Lucas dos Santos, de 8 anos, está desaparecida desde o feriado de 7 de setembro - Divulgação
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Toda a polícia de Sorocaba, no interior de São Paulo, está mobilizada na tentativa de localizar a menina Kathleen Lucas dos Santos, de 8 anos, desaparecida desde o feriado de 7 de setembro. A garota saiu de casa, no Jardim Simus, zona oeste da cidade, para ir a uma quermesse na Igreja de Nossa Senhora do Desterro, que fica a uma quadra, e não voltou mais. Desde então, a dona de casa Creusa Apolinário, de 42 anos, faz uma vigília pela volta da filha.

Nas primeiras 62 horas, ela passou dia e noite sentada numa cadeira, na calçada da casa, com um telefone ao alcance da mão. "Esperava ver ela chegando de volta pela rua", disse. A mulher ficou doente e teve de ser levada a um pronto-socorro. Os médicos exigiram que interrompesse a vigília. "Não parei, só transferi para dentro de casa", conta.

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Creusa e os dois filhos mais velhos se revezam 24 horas no telefone, à espera de informações. "Muita gente liga, a maioria para oferecer solidariedade." Vizinhos e amigos passaram a acompanhar a espera a mãe. A vigília chamou a atenção de entidades que buscam pessoas desaparecidas. Uma corrente com fotos da garota circula pela internet.

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Sensibilizados com o drama da família, os dois delegados da Polícia Civil, que dirigem as investigações, pediram ajuda à Polícia Militar. Um helicóptero e cães farejadores da PM foram usados para vasculhar uma grande área verde de um bairro vizinho sem sucesso. Os policiais reconstituíram os dias anteriores ao desaparecimento da garota, ouviram vizinhos e colegas de escola. A hipótese de seqüestro está praticamente descartada, pois a família não possui bens. Houve um telefonema de alguém que pedia dinheiro pela menina, mas a polícia considerou que fora um trote.

Quando desapareceu Kathleen vestia calça jeans, uma camiseta do grupo Rebeldes e calçava chinelos. Hoje foi mais um dia de vigília. "Não vou perder a esperança nunca", disse a mãe. Informações devem ser passadas à família pelo telefone 0XX (15) 3417-3711 ou à Polícia Militar (190). (AE)


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