Pesquisas de opinião feitas em 21 países mostram que em 20, incluindo o Brasil, a maioria dos entrevistados é favorável à reeleição do atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que disputa as eleições no próximo dia 6 com o republicano Mitt Romney. As pesquisas ouviram as pessoas de julho a setembro. No caso do Brasil, 65% dos entrevistados disseram preferir Obama a Romney.
A preferência brasileira por Obama segue uma tendência mundial. O país onde Obama atingiu o maior índice de popularidade foi a França (72%). A Austrália obteve a segunda maior taxa de aceitação (67%), seguida pelo Canadá e pela Nigéria (ambos com 66%). Romney vence apenas no Paquistão, onde foi citado por 14% dos entrevistados. Obama foi lembrado por 11% da população.
Assim como no Brasil, na Grã-Bretanha e no Panamá o democrata é preferido por 65% dos entrevistados. O levantamento não inclui entrevistados nos Estados Unidos. As pesquisas foram conduzidas pelo Instituto GlobeScan/PIPA. Mais de 21 mil pessoas foram ouvidas.
Leia mais:
2024 é o ano mais quente da história da humanidade, calcula observatório Copernicus
Kate Middleton fala do câncer pela primeira vez
ONU vê militarização de escolas como ameaça ao direito de ensino
Pantone declara 'Mocha Mousse', marrom suave e evocativo, como a cor do ano 2025
O resultado mostrou que 50% do total de entrevistados torcem por Obama. Os favoráveis a Romney somam 9% e os demais declararam não ter nenhuma preferência. Os resultados contrastam com as pesquisas de opinião internas dos Estados Unidos, que mostram os candidatos empatados tecnicamente.
A pesquisa tem margem de erro de quatro pontos percentuais. Para o diretor da Market Analysis - empresa responsável pela pesquisa no Brasil, Fabián Echegaray, Obama é o preferido da maioria dos brasileiros devido à política internacional mais pacifista.
"O brasileiro é sensível aos temas da violência e do crime. A questão da guerra se relaciona com isso. O governo de Obama teve uma experiência bélica e militar menor, em contraste com a administração anterior (de George W. Bush)", disse Echegaray.
O diretor acrescentou que Obama atrai mais a simpatia do público brasileiro do que Romney em decorrência da aparência física. Segundo ele, assim como ocorreu na eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a população se identifica com Obama como um integrante do povo mais do que Romney.
"Os brasileiros veem Obama como pardo e isso gera maior identificação. Romney, caucasiano, é visto como o americano branco", disse o analista. Mas a popularidade do democrata caiu no Quênia - terra natal de seu pai - e também no México, na Polônia e na China. O índice permaneceu o mesmo na Austrália, no Canadá, na Nigéria e Alemanha ao comparar os números de 2012 com os de 2008.