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Lucio Gutierrez

Manifestações adiam definição de salvo-conduto

Redação - Folha News
23 abr 2005 às 10:08

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Manifestantes impedem que embaixador do Brasil no Equador, Sérgio Florencio, saia de casa - Reuters
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O salvo-conduto que vai permitir ao presidente deposto do Equador, Lucio Gutiérrez, deixar o país e se exilar no Brasil ainda não foi concecido pelas autoridades equatorianas. Segundo diplomatas brasileiros, as manifestações populares em frente à embaixada do País, em Quito, estão adiando a definição.

O clima é cada vez mais tenso na embaixada do Brasil no Equador, desde que o governo brasileiro concedeu asilo político ao presidente deposto pelo Parlamento na última quarta-feira (20).

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Na noite desta sexta-feira (22) os manifestantes que protestam em frente à residência do embaixador do Brasil em Quito, Sérgio Florencio Sobrinho, impediram que o diplomata pudesse sair de sua casa, na qual está refugiadoGutiérrez.

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Sobrinho tentou sair de sua residência oficial em um veículo 4x4 com seu motorista, segundo se pôde observar. Os manifestantes cercaram o carro quando este saiu na Avenida 12 de Octubre e obrigaram o motorista a voltar para a casa, apesar dos esforços da polícia que protege a residência diplomática para separá-los e facilitar a saída do embaixador.

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Desde dezembro o Equador vive uma crise política e administrativa por conta de medidas tomadas pelo presidente deposto. Gutiérrez se tornou muito impopular depois de ter reestruturado a Suprema Corte, em dezembro de 2004.


Depois da reestruturação, a Corte invalidou julgamentos contra o ex-presidente Abdallah Bucaram, acusado de corrupção. Segundo uma pesquisa realizada no fim de semana passado, 80% dos equatorianos desejavam a renúncia de Gutiérrez.


As manifestações exigindo seu afastamento eram cada vez maiores, principalmente em Quito. A gota d'água que provocou sua queda foi a repressão violenta de um protesto que reuniu entre 30 mil e 50 mil pessoas, em maioria estudantes, na noite de terça-feira: 143 pessoas foram asfixiadas, 54 sofreram contusões e duas morreram (um fotógrafo chileno vítima dos gases lacrimogêneos e uma mulher atropelada por um caminhão).

Com informações do Terra


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