Cerca de 500 pessoas se manifestaram no sábado (05) na Cidade do México a favor da descriminalização da maconha e contra a atitude das autoridades da cidade, que reprimiram a marcha programada, constatou a AFP.
"Queremos tirar o consumidor da criminalidade com manifestações pacíficas e, para isso, havíamos planejado uma passeata, mas a polícia ameaçou prender os que fumassem maconha", disse à AFP Jorge Hernández, porta-voz da Associação Mexicana de Estudos da Maconha (AMECA).
A organização, que reúne 11 associações, realizou marchas durante os últimos sete anos, acompanhando manifestações mundiais a favor da legalização da maconha.
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Como no ano passado, os manifestantes queriam caminhar pela rua Amsterdã, num bairro do centro da Cidade de México. O nome da rua é uma alusão à cidade européia onde o consumo de maconha já é legal. Mas, depois das advertências das autoridades locais, eles tiveram de se contentar com a apresentação de uma performance, de grupos musicais e de oradores da AMECA.
"Limitaram nosso direito de livre manifestação... o que acontece com o tema das drogas é que as morais privadas se transformam em políticas públicas, sempre fumamos durante as caminhadas e nunca aconteceu nada", denunciou Hernández.
Segundo o presidente da AMECA, Leopoldo Rivera, "um grupo de policiais antimotins se aproximou dos manifestantes. Isto nunca havia ocorrido antes".