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Polêmica

Maravilhas do mundo serão anunciadas neste sábado

AFP
05 jul 2007 às 15:52

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As sete "novas" maravilhas do mundo, posto ao qual o Cristo Redentor concorre com outras 20 localidades, serão anunciadas neste sábado (07), em Lisboa, mas o processo de escolha, que mobilizou pela internet e por telefone 70 milhões de pessoas, já criou polêmica.

Na parcial divulgada em maio, dez localidades lideravam a disputa entre as 21 pré-selecionados: a Acrópole de Atenas, a antiga cidade maia de Chichen Itza no México, o Coliseu de Roma, a Torre Eiffel em Paris, a Grande Muralha da China, as ruínas incas de Machu Pichu no Peru, a cidade de Petra na Jordânia, as estátuas da Ilha de Páscoa, as pedras de Stonehenge, na Grã-Bretanha, e o mausoléu de Taj Mahal na Índia.

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Os demais concorrentes são os templos de Angkor (Camboja), a Alhambra de Granada (Espanha), Santa Sofia em Istambul (Turquia), o templo Koyomizu (Japão), a Praça Vermelha e o Kremlin em Moscou, o castelo de Neuschwanstein (Alemanha), a Estátua da Liberdade em Nova York, o Cristo Redentor no Rio de Janeiro, a Opera House de Sydney e a antiga cidade de Timbuktu (Mali).

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De acordo com fontes ligadas ao processo seletivo, o Cristo Redentor teria conseguido um lugar entre os 10 mais votados na parcial de junho.

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As 21 localidades foram selecionadas em janeiro de 2006 entre 77 sítios por um júri integrado por arquitetos famosos e pelo ex-diretor-geral da Unesco, Federico Mayor.


A campanha para designar as sete maravilhas do mundo moderno foi organizada pelo viajante e cineasta suíço Bernard Weber, que disse ter sido motivado a defender a preservação do patrimônio histórico após a destruição dos Budas gigantes de Bamiyan pelos talibãs, em 2001.

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Em junho, a Unesco tratou de se desvincular da campanha para escolher novas sete maravilhas. "Diante do risco de que se produza uma confusão prejudicial, a Unesco deseja reafirmar que não existe qualquer relação entre o programa dedicado a proteger o patrimônio mundial e a atual campanha relativa às 'Sete Novas Maravilhas do Mundo'", declarou a agência em comunicado, enfatizando que, "apesar de ter sido convidada a apoiar essa iniciativa em reiteradas ocasiões desde seu lançamento, a Unesco decidiu não colaborar com o sr. Weber neste projeto".


A votação terá seu resultado conhecido no sábado, durante uma cerimônia transmitida pela televisão em um estádio de Lisboa. Esta iniciativa, que quer recriar a popularidade das Sete Maravilhas da Antiguidade, também tem seus detratores.

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"Esta campanha não é nem democrática nem científica", denunciou Nicole Bolomey, uma especialista da Unesco que trabalha na Índia. Segundo ela, a atenção se centrou em um pequeno número de monumentos já muito célebres, o que desviou a atenção de locais que estão em perigo, o que é uma atitude oposta ao que serve de guia para Unesco definir o patrimônio da humanidade. "O Taj Mahal não corre o perigo de ser derrubado amanhã, enquanto muitos locais na Índia estão em perigo", explicou.


Em maio, a Academia Chinesa da Grande Muralha pediu aos chineses que votassem em massa pelo monumento nacional. No Brasil, a campanha em favor do Cristo Redentor é intensa e ocupa amplo espaço nos meios de comunicação.


Já no Camboja, as pessoas ligadas ao meio cultural duvidam que os templos de Angkor estejam entre os vencedores. Poucos cambojanos têm acesso a internet e mesmo que todo o povo cambojano votasse, isto não seria suficiente, afirma.

O diretor do departamento de antigüidades egípcias, Zahi Hawass, qualificou o concurso de "operação publicitária". As pirâmides egípcias de Gizé - a única das maravilhas antigas que resistiu ao tempo - foram declaradas "fora de concurso", pois já haviam sido nomeadas "maravilha do mundo de forma honorária" pelos organizadores.


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