Até esta terça-feira, a Marcha das Margaridas não havia reunido tantas trabalhadoras rurais em Brasília, para reivindicar melhores condições no campo. Segundo os organizadores, a marcha reuniu esta tarde cerca de 40 mil mulheres do campo de todas as partes do país.
Elas reivindicaram a melhoria do salário mínimo, uma reforma agrária justa, o combate à discriminação da mulher e à violência no campo.
Muitas delas viajaram de ônibus por dois dias, percorrendo 2.400 Km, como Mara Guedes, de 57 anos, e participante do movimento há 12. Ela veio de Fortaleza numa caravana de 21 ônibus, com 1.200 trabalhadoras rurais daquele estado.
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Mara disse que "luta com as trabalhadoras rurais por acreditar na organização e na força da mulher", e por isso passou um ano organizando a vinda da delegação cearense a Brasília.
Já a luta pela melhoria da saúde da mulher do campo é que motivou a vinda de Lurdes Scheintwein, de 58 anos, da cidade de Toledo, no Paraná, onde tem um pequeno sítio que produz leite e carne de porco. Para ela, a trabalhadora rural é muito mal atendida na área da saúde em todo o país.
A Marcha das Margaridas 2003 começou com a concentração no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade. Depois de vários discursos de líderes regionais e de um almoço a base de arroz, feijão e carne, as trabalhadoras do campo começaram a passeata em direção ao Congresso Nacional.
Elas percorreram o Eixo Monumental até a Esplanada dos Ministérios e em frente ao Congresso promoveram um ato público.