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A mando do cartel

Matador americano de 14 anos é detido no México

BBC Brasil
04 dez 2010 às 11:28

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O Exército mexicano anunciou a prisão de um garoto de 14 anos acusado de ser um matador de aluguel a serviço de um cartel de drogas.

Segundo as autoridades mexicanas, Edgard Jimenez, conhecido como El Ponchis, foi detido ao tentar embarcar em um voo da cidade mexicana de Cuernavaca para Tijuana, na fronteira com os Estados Unidos, acompanhado de duas de suas irmãs.

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O Exército afirma que ele teria participado de vários assassinatos por decapitamento, em crimes supostamente cometidos sob a influência de drogas fornecidas pelo cartel.

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A violência relacionada ao narcotráfico no México já fez milhares de vítimas nos últimos anos.

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Autoridades locais dizem que os crimes cometidos por menores de idade, incluindo assassinatos cometidos a mando dos carteis, vem crescendo no país neste ano.


Como no Brasil, no México os menores de idade não são julgados como adultos pela Justiça, mas o Senado examina um projeto para torná-los imputáveis.

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Corpos pendurados


O adolescente preso nesta sexta-feira trabalharia para o cartel do Pacífico Sul, no Estado de Morelos, próximo à Cidade do México, segundo o Exército.

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Segundo o jornal mexicano Reforma, Jimenez admitiu os crimes, mas disse que era "obrigado" a cometê-los.


"Eu me sentia mal fazendo isso. Eu era forçado a fazer isso. Eles diziam que iam me matar se não fizesse", teria afirmado.

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"Eu somente decapitava eles, mas nunca pendurei os corpos em pontes, nunca", disse ele, segundo o jornal, em referência à prática comum entre os carteis mexicanos de expor os corpos dos inimigos mortos.


Os carteis penduram os corpos em locais movimentados com o objetivo de intimidar os rivais.

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O cartel do Pacífico Sul é liderado por Hector Beltrán Leyva, irmão do narcotraficante Arturo Beltrán Leyva, morto pelo Exército mexicano no ano passado.


A luta de Hector Beltrán Leyva pelo controle do tráfico na região provocou um aumento na violência nos Estados de Morelos e Guerrero.

Mais de 28 mil pessoas teriam morrido em consequência da violência relacionada ao narcotráfico desde 2006, quando o presidente Felipe Calderón começou a empregar o Exército no combate ao tráfico.


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