O mau tempo na Região Sul do Peru, na área de Cuzco e nas proximidades de Machu Pichu, atrapalha a operação de resgate dos cerca de 2 mil turistas isolados desde as fortes chuvas do último sábado (23).
Responsável por um grupo de brasileiros que viajou até o local, Glaucius Miguens, da agência de turismo Adventure Weekend de Brasília, disse que há entre 174 a 230 turistas do Brasil à espera de ajuda. Por volta das 13h30 de hoje (27), chegou o primeiro helicóptero à cidade de Águas Calientes – povoado que serve de suporte na região.
Segundo Miguens, apesar da tensão provocada pelas circunstâncias, o clima entre os turistas que estão isolados é de cooperação. Ontem (26), quatro brasileiros foram retirados da região: três mulheres idosas e um menino, de 10 anos. A prioridade é para crianças, idosos e doentes.
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Em consequência da chuva e das enchentes que afetam a região, estão isoladas aproximadamente 10 mil pessoas, entre moradores e turistas de vários locais do mundo. O objetivo das autoridades peruanas é retirar ainda hoje mais 800 turistas que estão isolados. Pelo menos dez pessoas morreram, uma delas uma turista argentina e a outra, um guia turístico peruano.
O governo do Peru liberou, como medida de urgência, US$ 5,8 milhões para ajuda às vítimas e também para reconstrução de casas e apoio à agricultura. A situação considerada mais grave é na área de Cuzco, próxima ao sítio arqueológico de Machu Pichu – um dos principais cartões postais do país.
Segundo o governo peruano, 475 que estavam na região de Cuzco foram retirados do local. Os Estados Unidos enviaram helicópteros para ajudar nas buscas. Nas regiões afetadas, o acesso só é feito de helicóptero.
A Embaixada do Brasil em Lima, a capital peruana, montou um gabinete de gestão de crise para administrar o problema e enviou dois funcionários do Itamaraty para a região de Cuzco.
Nos últimos três dias, a chuva,que causou o transbordamento dos rios Vilcanota e Rio Blanco, provocou mortes, desabrigou famílias, inundou cerca de 50 casas da região e destruiu centenas de plantações de milho. As ruínas de diversos sítios arqueológicos sofreram danos, mas o governo do Peru ainda não detalhou as perdas.