O corpo do senador republicano John McCain será enterrado na Academia Naval de Annapolis, em Maryland, nos Estados Unidos, depois de dois velórios, um em Washington e outro em Phoenix (Arizona). McCain morreu nesse sábado (25) vítima de um câncer no cérebro. De acordo com a rede de TV CBS, os ex-presidentes George W. Bush e Barack Obama devem discursar durante as homenagens ao ex-senador na Catedral Nacional, na capital norte-americana. O ex-vice presidente Joe Biden discursará em um culto em homenagem ao senador no Arizona.
O jornal The Washington Post afirma que o atual presidente dos EUA, Donald Trump, não será convidado para a cerimônia. Ele e McCain protagonizaram duros confrontos desde a campanha de 2016. Após a notícia da morte, Trump se manifestou pelo Twitter e ordenou que a bandeira americana fosse hasteada a meio-mastro na Casa Branca.
Em Washington, além do culto religioso, o senador será homenageado na rotunda do Capitólio, a sede do poder legislativo norte-americano. Ele será o 13º senador velado no local, honra reservada aos "cidadãos mais proeminentes do país" desde que a prática começou em 1852, com as homenagens ao ex-presidente da Câmara dos Deputados norte-americana, Henry Clay.
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A cobertura da imprensa norte-americana – em jornais impressos, televisão e nas redes sociais – ficou focada nas homenagens ao senador neste domingo. Segundo a mídia, ele vinha planejando seu próprio funeral há um ano.
John McCain é símbolo de união nacional e de patriotismo em um país cada vez mais marcado por divergências partidárias e ideológicas. Os cinco ex-presidentes norte-americanos vivos – Barack Obama, George W. Bush, Bill Clinton, George H. W. Bush e Jimmy Carter – prestaram homenagens à coragem e ao caráter do senador.
McCain morreu aos 81 anos após ter iniciado tratamento em 2017 contra um glioblastoma, um tipo de câncer no cérebro. Ele concorreu à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano em 2008 contra o democrata Barack Obama. Veterano da guerra do Vietnã, foi prisioneiro por mais de cinco anos, quando foi torturado. Cumpriu mandato como senador pelo estado do Arizona durante três décadas. Atualmente, era uma das principais vozes contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dentro de seu próprio partido.
O senador deixa sua esposa, Cindy, sete filhos e cinco netos.