O médico brasileiro Mohamad Kassen Omais, que ficou preso por sete dias no Líbano sob acusação de adulteração de seu passaporte libanês e suspeita de envolvimento com "terrorismo", retorna hoje ao Brasil, junto com a mulher e seus três filhos.
De acordo com ele, a volta ao Brasil coloca fim a um pesadelo. "Quero agora voltar ao Brasil e retomar minha vida, reencontrar meus amigos e colegas de trabalho", disse.
O brasileiro e sua mulher, a médica Gisele do Couto Oliveira, foram ao Líbano para buscar os filhos, que estavam em férias com os avós desde dezembro do ano passado.
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As autoridades libanesas o prenderam no dia 15 de fevereiro no desembarque do aeroporto em Beirute e o acusaram de adulterar seu passaporte libanês. As Forças de Segurança Internas (FSI) também investigavam sua relação com "terrorismo".
Na semana passada, fontes ouvidas pela BBC Brasil informaram que o primo de Omais, o também brasileiro Zuheir Omais, teria adulterado o passaporte do médico e usado o documento em viagens à Síria que, segundo policiais libaneses, estariam relacionadas com atividades "terroristas".
O primo estaria, inclusive, sendo procurado pelas autoridades e residiria no Brasil.
Uma fonte ligada ao Exército libanês confirmou à BBC Brasil que o passaporte adulterado de Mohamad Kassen Omais poderia estar vinculado a recentes atentados a bomba e ao conflito do ano passado no campo de refugiados palestinos de Naher el Bared, no norte do país.
BBC Brasil