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Crime em Altamira

Médico é condenado e Valentina é presa

Redação - Folha de Londrina
04 set 2003 às 21:08

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O médico Anísio Ferreira de Souza foi condenado hoje a 77 anos de prisão pela castração e morte de três crianças e tentativa de assassinato contra outras duas que conseguiram sobreviver apesar das mutilações. Os crimes foram praticados em Altamira, entre 1989 e 1993. Os jurados entenderam que as provas contra Souza foram suficientes para convencê-los de sua culpa.

Familiares das vítimas comemoraram a condenação dentro e fora do Tribunal. Na rua, eles se deram as mãos e fizeram uma oração. Os advogados Jânio Siqueira e Edilson Santiago disseram que o julgamento foi um ''lixo '' e uma ''farsa'', e anunciaram que irão recorrer.

Na semana passada, o comerciante Amailton Madeira Gomes foi condenado a 57 anos e o ex-policial militar Carlos Alberto dos Santos Lima, a 35, pelos mesmos crimes. Logo depois da leitura da sentença pelo juiz Ronaldo Valle, o médico foi levado numa viatura da Polícia Civil para a penitenciária Fernando Guilhon, em Santa Isabel, município da região metropolitana de Belém. Por ter curso superior, Souza cumprirá a pena em cela especial.

A promotora Rosana Cordovil e o assistente de acusação Clodomir Araújo sustentaram a tese de co-autoria do médico nos crimes. ''Ele e outros quatro acusados, em conluio, realizaram ritual macabro de sacrifícios humanos''.

Antes de os sete jurados entrarem na sala secreta para decidir o destino do médico, a promotora pediu que o réu fosse condenado à pena máxima ''em nome de Deus''. Araújo disse que a atuação da defesa foi marcada por ''argumentos teatrais e citações literárias'' que nada tinham a ver com as provas contidas nos autos.

Defensor do médico, Jânio Siqueira desafiou a provar a participação de Souza em rituais satânicos. Ele tentou mostrar aos jurados que o voto proferido pela desembargadora Maria de Nazareth Brabo de Souza, pela admissibilidade das denúncias e encaminhando o processo para o júri popular, foi equivocado. A desembargadora é hoje a presidente do TJ paraense. O voto dela também foi usado como argumento da promotoria para convencer os jurados da culpabilidade do acusado.

Enquanto Siqueira tentava a todo custo livrar seu cliente da cadeia, o advogado Arthêmio Leal, do escritório de Américo Leal, defensor da suposta vidente Valentina de Andrade ingressava com pedido de revogação da prisão preventiva dela decretada pelo juiz Ronaldo Valle na manhã de hoje.

Valentina é acusada de comandar os rituais satânicos nos quais as crianças de Altamira seriam torturadas, mortas e teriam seus órgãos genitais extirpados. Líder da seita Lineamento Universal Superior (LUS), ela tentou fugir do País na terça-feira, pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), utilizando uma passagem comprada na Varig.

Descoberta pela Polícia Federal, Valentina fugiu do aeroporto num táxi, hospedando-se com nome falso num hotel paulista. Ele estava acompanhada por dois argentinos e iria viajar para a Argentina. ''Decretei a prisão dela porque em liberdade ela poderá tentar fugir novamente'', justificou o juiz Ronaldo Valle. Valentina está no Centro de Reeducação Feminino, em Ananindeua, município da região metropolitana de Belém.

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