Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

Médicos Sem Fronteiras identifica 40 casos de abuso praticados por funcionários

Agência Brasil
15 fev 2018 às 21:13

Compartilhar notícia

- Divulgação
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras admitiu publicamente que, em 2017, identificou 40 casos de abusos e assédio praticados por funcionários da entidade em todo o mundo. Desses, 24 casos envolvem assédio ou abuso sexual.

Os 40 casos em que ficou configurada a prática de abuso de poder, discriminação, assédio ou outras formas de comportamento inadequado por parte de funcionários foram identificados a partir da investigação interna de 146 queixas ou alertas, número que não inclui os casos tratados diretamente pelas equipes locais e não relatados à sede da organização.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Entre as 24 ocorrências caracterizadas como assédio ou abuso sexual, duas foram cometidas contra pessoas atendidas pela entidade, conhecida mundialmente por prestar ajuda médico-humanitária às vítimas de conflitos armados, epidemias, desastres naturais, desnutrição e outras situações de grave risco à saúde.

Leia mais:

Imagem de destaque
durante uma festa do rapper

Em nova acusação contra Diddy, homem diz que foi drogado e estuprado em carro

Imagem de destaque
Análise

Opas se preocupa com aumento de casos de dengue, oropouche e gripe aviária nas Américas

Imagem de destaque
Previsão da ONU

La Niña ainda pode ocorrer em 2024, mas sem força para reverter aquecimento, diz agência

Imagem de destaque
Dos EUA

Polarização é palavra do ano de 2024 para dicionário Merriam-Webster


A própria organização classifica como abusos ou comportamentos inadequados aqueles que "têm um impacto imediato ou potencial sobre a saúde ou o bem-estar dos envolvidos, sobre a segurança de nossos beneficiários (pacientes e seus cuidadores) ou de nossa equipe". A organização acredita que o total de casos pode ser maior. Os motivos da sub-notificação podem ser os mesmos verificados na sociedade em geral, incluindo o medo das vítimas quanto a possíveis represálias e de ser estigmatizadas.

Publicidade


Em nota divulgada nessa quarta-feira (14), a Médicos Sem Fronteiras revela que 19 profissionais denunciados foram demitidos e outros foram advertidos ou suspensos temporariamente ao fim de apurações internas. Em 2017, a organização mantinha mais de 40 mil profissionais remunerados atuando em todo o mundo.


Além de afirmar que está "profundamente preocupada" com a situação, a entidade garante não poupar esforços para combater os abusos, buscando sempre aprimorar os mecanismos e procedimentos de prevenção e investigação das denúncias, o que inclui o contínuo aperfeiçoamento dos canais de reclamações e o apoio às vítimas e denunciantes.

Publicidade


"A integridade da nossa organização é sustentada pela boa conduta de cada membro da equipe individual, em qualquer local, com total respeito pelas comunidades que servimos", afirma a organização, cujos princípios fundadores prevem que todos seus profissionais devem respeitar os ideais humanitários. "Para nós, isso significa não tolerar qualquer comportamento que explore a vulnerabilidade de outros ou que, se aproveitando de sua posição, vise a ganhos pessoais".


Oxfam

Publicidade


A revelação da Médicos Sem Fronteiras ocorre em um momento em que outra organização não governamental de atuação humanitária global, a Oxfam, é alvo de acusações de que dirigentes locais e colaboradores pagavam para ter relações sexuais com mulheres no Haiti, no Chad e no Sudão do Sul. No Haiti, onde a prostituição é proibida, os casos teriam ocorrido logo após o terremoto que devastou o país, em 2011.


Os escândalos sexuais motivaram a diretora adjunta da Oxfam, Penny Lawrence, a pedir demissão do cargo, lamentando os ocorridos. "Me envergonho de que isso tenha ocorrido sob o meu mandato e assumo toda a responsabilidade", lamentou Penny Lawrence em nota divulgada pela Oxfam. "Sinto profundamente o dano e a angústia gerada naqueles que nos apoiam, em todos os setores e, sobretudo, nas pessoas em situação de vulnerabilidade que confiaram em nossa organização."

A Oxfam Brasil também se manifestou sobre os casos, afirmando que os abusos sexuais "são revoltantes e inadmissíveis". Segundo a instituição, uma comissão independente investigará os casos relatados e os processos de recrutamento estão passando por uma revisão. "Não pode haver espaço na Oxfam para quem abusa da posição de poder e da confiança de milhares de pessoas", disse a instituição em nota.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo