Uma jovem americana de 14 anos que foi espancada até entrar em coma, há dois anos, poderá ser a testemunha-chave do julgamento de seu suposto agressor.
Haleigh Poutre teria tido "uma recuperação milagrosa" após acordar da condição vegetativa em que ficou durante vários meses, devido a "danos cerebrais irreparáveis" que sofreu com a agressão, afirmou o jornal americano Boston Herald.
Ainda de acordo com o jornal, o principal acusado no caso é o padrasto da menina, Jason Strickland.
Leia mais:
Opas se preocupa com aumento de casos de dengue, oropouche e gripe aviária nas Américas
La Niña ainda pode ocorrer em 2024, mas sem força para reverter aquecimento, diz agência
Polarização é palavra do ano de 2024 para dicionário Merriam-Webster
Olimpíadas e chuvas no Sul dominaram as buscas do Google em 2024
Haleigh Poutre foi adotada em 2001 pelos tios Holli e Jason Strickland e em setembro de 2005 foi levada para o hospital inconsciente.
O casal foi acusado de envolvimento no caso logo depois, mas meses mais tarde, a mãe adotiva da jovem foi encontrada morta.
Uma semana depois de ser internada, os médicos disseram que Haleigh não sobreviveria e chegaram a cogitar a hipótese de desligar os aparelhos.
Na época, o caso casou uma comoção nacional nos Estados Unidos, levantando debates sobre a eutanásia.
Desde janeiro de 2006, no entanto, a menina vinha apresentando melhoras e atualmente respira por si mesma e estaria dando informações à polícia sobre a agressão.
Reabilitação
"Haleigh poderá nos dizer muito em breve o que aconteceu", disse Wendy Murphy, advogado da mãe biológica da menina, em entrevista a uma rádio americana.
Murphy disse que a jovem já fala algumas palavras e "poderia depor contra o padastro" no julgamento, marcado para começar no dia 16 de outubro, em Boston, no estado de Massachusetts.
Na entrevista, Murphy ainda disse que a menina está freqüentando uma escola hospitalar de reabilitação e estaria até usando um computador.
O advogado de defesa, Robert Griffin, disse ao Boston Herald, que o estado mental da menina será "um problema" se a menina for chamada para depor.
BBC Brasil