O garoto holandês de nove anos de idade que foi o único sobrevivente de um acidente de avião que matou 103 pessoas na Líbia, na última quarta-feira, voltou para a Holanda neste sábado (15) a bordo de um avião-ambulância.
O menino Ruben van Assow viajou acompanhado de seus tios no voo que partiu da capital da Líbia, Trípoli, para a cidade holandesa de Eindhoven. Ruben estava no Airbus 330 da Afriqiyah Airways que caiu pouco antes de chegar ao aeroporto de Trípoli na última quarta-feira.
Ele voltava de férias na África do Sul com seus pais, Trudy e Patrick van Assow, e seu irmão mais velho, Enzo. A família celebrava o aniversário de doze anos e meio do matrimônio do casal, um costume holandês.
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Privacidade
Nesta sexta-feira Ruben foi informado sobre a morte dos pais e irmão. "Nesta manhã, nós explicamos para Ruben exatamente o que aconteceu", afirmaram os familiares do garoto por meio de um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores da Holanda.
"Ele sabe que seus pais e seu irmão morreram", disseram o tio e a tia do garoto, que afirmaram que, agora, "a família inteira cuidará do futuro de Ruben".
Ainda segundo o comunicado, o garoto passa bem, "considerando as circunstâncias" e, apesar de dormir muito, está lúcido quando acordado. "Ele bebeu um pouco (de água) e viu flores e brinquedos".
"O período que se segue será difícil para nós. Esperamos que a imprensa respeite nossa privacidade", pediram os parentes.
Após o acidente, Ruben foi encontrado ainda respirando pelas equipes de resgate e passou por uma cirurgia por ter tido múltiplas fraturas nas pernas.
O avião – que levava 93 passageiros e 11 tripulantes – caiu quando chegava da cidade de Johannesburgo, na África do Sul.
As autoridades ainda investigam as causas do acidente e as caixas-pretas da aeronave foram enviadas para a França para serem examinadas. Especialistas de Holanda, França, África do Sul e Estados Unidos estão na Líbia para auxiliarem nas investigações.
Autoridades forenses da Holanda também estão no país para ajudar na identificação das vítimas, que eram em sua maioria holandesas.