Os líderes de Alemanha e França, duas maiores economias da Europa, afirmaram neste domingo (9) que alcançaram um acordo sobre o fortalecimento do setor bancário da Europa. A chanceler alemã Angela Merkel explicou que ela e o presidente francês Nicolas Sarkozy "estão determinados a fazer o necessário para garantir a recapitalização dos bancos europeus."
Merkel deu as declarações depois de negociar com Sarkozy em Berlim neste domingo, com o objetivo de alcançar um acordo antes da cúpula dos 27 líderes da União Europeia neste mês. Sarkozy afirmou que esse "não é o momento" para entrar nos detalhes do que foi decidido, mas afirmou que o acordo entre França e Alemanha "é total".
Quando questionada sobre se todos os bancos europeus seriam recapitalizados, Merkel não respondeu diretamente a pergunta, afirmando apenas que todos os bancos na zona do euro serão avaliados pelos mesmos critérios que serão estabelecidos em coordenação com, entre outros, a Autoridade Bancária Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
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Os dois líderes recusaram-se a dar mais detalhes sobre sua proposta, afirmando que primeiro ela precisa ser discutida com outros líderes europeus.
Nesta semana, Merkel defendeu uma recapitalização bancária coordenada após conversas com o FMI e outros líderes europeus. A chanceler afirmou que os bancos têm que tentar primeiro levantar novo capital no mercado antes de buscar ajuda de seu governo, insistindo que o fundo de resgate da zona do euro de 440 bilhões de euros (US$ 590 bilhões) só deve entrar em cena se um membro não conseguir elevar o capital de seus bancos.
A França, entretanto, mostrou-se a favor de utilizar os recursos do fundo imediatamente em vez de contar com a ajuda nacional para recapitalizar os bancos - que estão entre os maiores detentores de bônus gregos.
A chanceler insistiu que a reunião de líderes europeus em 17 e 18 de outubro, em Bruxelas, têm que enviar um sinal claro sobre a questão em uma tentativa de restaurar a confiança do mercado.
A Alemanha e a França normalmente realizam reuniões antes de cúpulas da UE para discutir posições conjuntas. As informações são da Associated Press.