O ministro da Justiça e Trabalho do Paraguai, José Burró, disse que brasileiros e argentinos são um "bando de sem-vergonha" que não podem "ensinar moral" aos paraguaios.
Ele ficou irritado na última terça-feira depois que o embaixador do Brasil em Assunção, Augusto de Castro Neves, disse que o Brasil está disposto a investir no país vizinho se houver segurança jurídica e a institucionalização do país se aprofundar.
Burró ironizou as exigências feitas pelo embaixador brasileiro e disse que também gostaria de "encontrar um brasileiro honesto".
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"Nós, sim, temos que falar de nós e temos que admitir nossos erros, mas não vou permitir a nenhum curepí (nome depreciativo com que são chamados em guarani os argentinos) e a nenhum bandeirante (em relação aos brasileiros) que me venham ensinar moral, bando de sem-vergonha", disse o ministro.
Burró deixará o cargo no próximo dia 15 de agosto, data em que o novo presidente, Nicanor Duarte, assume o poder.
O que os brasileiros têm que fazer "é se meter com suas brasileiras", disse o ministro à imprensa paraguaia, segundo o site do iG. "Que nos deixem mandar em nossa casa. Me incomoda que pessoas atrevidas falem dos paraguaios", completou Burró.
Para o ministro, os paraguaios precisam recuperar sua "auto-estima". "Não se pode admitir esta destruição que fizemos da paraguaidade. Somos narcotraficantes, ladrões, contrabandistas e o que podemos pedir a um povo que perdeu a auto-estima?", questionou.