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Um ano depois

Missa para João Hélio lembra outras mortes trágicas

Agência Brasil
07 fev 2008 às 18:56

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A missa de um ano da morte do menino João Hélio Fernandes Vieites, celebrada hoje (7), na Igreja da Candelária, lembrou mais dez pessoas que morreram tragicamente na cidade, nos últimos anos. Uma delas foi o garoto Pedro Fabri, de oito anos, que morreu em março de 2006, depois ser espancado pela babá.

A mãe de Pedro, Cristina Fabri, reivindicou a conversão da Delegacia de Proteção a Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência (Decav) em uma Delegacia Legal (totalmente informatizada e com atendimento mais humanizado), para assim agilizar o atendimento de crianças vítimas de violência.

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"Essa Decav tem que se transformar em uma Delegacia Legal. Não é possível que de noite você precise de uma delegacia e não existe uma Delegacia da Criança. A Delegacia da Mulher existe. E a da Criança? Qual é o direito da criança?", perguntou Cristina, que participou da cerimônia.

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Segundo Cristina Fabri, o processo sobre a morte de Pedro ainda está em andamento.

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Cerca de 200 pessoas compareceram à missa em memória de João Hélio, entre elas, o secretário de Segurança do estado do Rio, José Mariano Beltrame. Os pais do menino não assistiram à missa, pois, de acordo com uma amiga da família, Patrícia Bruno, ainda estão muito abalados.


João Hélio morreu em 7 de fevereiro do ano passado, em uma tentativa de assalto no bairro de Oswaldo Cruz. Ele ficou preso no cinto de segurança do carro e foi arrastado por sete quilômetros, passando por quatro bairros. A mãe e a irmã de João Hélio conseguiram escapar.

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Patrícia Bruno disse que, embora a condenação dos quatro assaltantes tenha sido rápida, a luta contra a violência continua: "A gente vê a segurança no Rio e, pelo menos o que dá, é a sensação de que [a luta contra a violência] ainda não acabou, que sempre vai continuar e que a segurança ainda é muito precária. Mas a nossa parte estamos fazendo", afirmou.


O secretário José Mariano Beltrame destacou que o exemplo das mães de vítimas da violência serve de inspiração para o trabalho das instituições ligadas à segurança. "A violência atinge policiais e atinge civis, e é contra tudo isso que a gente luta. É no exemplo dessas mães lutadoras que nós, da Secretaria e de outras instituições, nos inspiramos para continuar lutando", disse ele.

Após a missa, o grupo Anjos pela Paz, formado por amigos e parentes de vítimas da violência urbana, entregou flores aos motoristas que passavam perto da Igreja da Candelária.


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