O jurista e acadêmico Raymundo Faoro morreu nesta quinta-feira, aos 78 anos, no Hospital Copa d’Or, no Rio de Janeiro, vítima de septicemia e falência múltipla dos órgãos, em decorrência de enfisema pulmonar.
O corpo está sendo velado no salão nobre da Academia Brasileira de Letras (ABL) e o enterro está marcado para as 17 horas, no Mausoléu dos Imortais, no cemitério São João Batista, em Botafogo.
Raymundo Faoro nasceu em Vacaria (RS), em 27 de abril de 1925. Formou-se em Direito, em 1948, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e transferiu-se, em 1951, para o Rio de Janeiro, onde advogou e fez concurso para a Procuradoria do Estado, onde se aposentou.
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Foi presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), de 1977 a 1979.
Lutou pelo fim dos atos institucionais e ajudou a consolidar o processo de abertura democrática nos anos 70. No Governo João Figueiredo, lutou pela anistia ampla, geral e irrestrita.
Com a anistia e a retomada das liberdades políticas, a casa de Faoro, no bairro das Laranjeiras, tornou-se lugar de encontro de políticos como Tancredo Neve e Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre as obras publicadas por Faoro, estão "Os donos do poder" e "Machado de Assis – A pirâmide e o trapézio".