O número de mortos nos ataques na Noruega nesta sexta-feira (22) subiu para 91 informou a polícia do país. O norueguês Anders Behring Breivik de 32 anos está sendo questionado pela explosão da bomba na capital, Oslo, que matou sete pessoas e o tiroteio na ilha de Utoeya no qual pelo menos 84 pessoas morreram.
Vestido de policial, Breivik teria chegado à ilha perto de Oslo e disparado contra jovens que participavam de um acampamento do Partido Trabalhista (do governo) no local. Havia cerca de 600 jovens no encontro.
Este foi considerado o pior ataque ocorrido na Noruega desde a Segunda Guerra Mundial.
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O ministro da Justiça do país, Knut Storberget, e o premiê norueguês, Jens Stoltenberg, disseram em entrevista coletiva que é cedo para especular os motivos da tragédia e que não se sabe se o atirador agiu sozinho.
A jovem Emma Christiansen, 16 anos, que participava do acampamento, disse à BBC ter visto o homem vestido de policial sendo abordado por um jovem e atirando contra ele. "Então, corri para dentro de casa. Foi assustador."
A polícia acredita que o mesmo homem (Breivik) esteja relacionado com o ataque a bomba no centro de Oslo, atingindo vários prédios do quartel-general do governo da Noruega.
Há relatos de que o homem tenha sido visto em Oslo antes de seguir à ilha de Utoeya, onde explosivos não detonados foram encontrados pela polícia.
'Mais democracia'
Mas a motivação dos ataques ainda é desconhecida, segundo disseram os líderes noruegueses. "Não sabemos quem nos atacou", disse o premiê durante a entrevista coletiva.
"A Noruega se unirá nesse momento de crise. Você (em referência aos idealizadores do ataque) não destruirá nossa democracia. Nossa resposta à violência será mais democracia."
As autoridades não confirmaram se estão procurando por mais suspeitos, mas disseram que não tiveram conhecimento de nenhuma ameaça prévia relacionada aos atentados. "Foi uma grande surpresa, não tínhamos nenhum indicativo de que isso ocorreria", disse o chanceler Store à BBC.
O ministro da Justiça disse que a polícia está usando "todos os recursos disponíveis" para lidar com a crise e investigar os responsáveis. Ele pediu que a população fique longe do centro de Oslo por enquanto e que evite o uso de celulares, para não sobrecarregar a rede de telefonia do país.