Integrantes dos movimentos Ações Cidadãs em Orientação Sexual (ACOS) e Movimento Punk Anarquista do Distrito Federal (MPA) se uniram na tarde desta terça-feira em frente à Catedral de Brasília para protestar contra pronunciamento do Papa João Paulo II condenando a união de homossexuais.
Uma das participantes, que preferiu não se identificar, acha que com essas declarações o Sumo Pontífice está estimulando o preconceito. "Ele está promovendo uma espécie de inquisição, ou seja, jogando em uma fogueira simbólica determinados seguimentos da sociedade que ele se posiciona contra", argumentou.
Durante a manifestação, os membros dos dois grupos entregaram aos participantes um modelo de documento de apostasia. Nele, qualquer pessoa batizada na igreja católica renega os dogmas e abandona a religião.
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Para a jornalista Cristiane Santos, que compareceu ao encontro em solidariedade ao movimento, acha que qualquer mobilização é válida. "A Igreja Católica não tem legitimidade e nem poder para julgar e orientar a vida sexual de ninguém", opinou. Já a funcionária pública Rosana Fragomeni se posicionou totalmente contra o manifesto e a favor das declarações do Papa. "A família é uma célula insubstituível. O homem, a mulher e os filhos. Não vejo outro modelo de sociedade", afirmou.
O presidente da ACOS, Jaques Jesus, aproveitou a oportunidade para comentar as declarações do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, em relação à galinha arremessada contra a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Na ocasião, Thomaz Bastos disse que jogar uma galinha contra uma mulher é o mesmo que jogar um veado em contra um homem. A ONG pretende enviar uma carta de protesto pedindo que o ministro se redima com os homossexuais.
Informações Agência Brasil