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Conflito

MST aponta abusos; policiais alegam excessos do movimento

Redação Bonde
14 ago 2007 às 11:14

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O conflito envolvendo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Brigada Militar e produtores rurais ligados à Federação gaúcha da Agricultura (Farsul) apresenta diferentes versões. A ação da Brigada foi "abusiva", na opinião da coordenadora de um acampamento do MST envolvido no conflito, Irma Ostroski.

Ela espera uma punição para os responsáveis, que serão investigados pela Corregedoria da Brigada. "Tem que ter uma consequência. Devem ser afastados os policias e as autoridades envolvidas nos espancamentos", afirmou. Segundo a agricultora, também precisam ser apurados excessos cometidos durante a revista "abusiva" ao grupo, quando os policiais procuraram armas até dentro das roupas das crianças. "Nenhum pai ou mãe ia colocar objetos dentro das roupas ou das fraldas do filhos", criticou.

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Na versão do subcomandante geral da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, coronel Paulo Roberto Mendes, a polícia não cometeu excessos. "Se o MST não tivesse feito o que fez, a brigada não precisaria ter intervindo. Só agimos em razão dos excessos do MST, inclusive para restabelecer a própria segurança do grupo", disse, referindo-se ao MST.

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Já o vice-presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, Gedeão Pereira, disse que os produtores só atuaram para se defender. "O MST agrediu a nós e polícia com pedaços de pau das bandeiras e com tijolos. O confronto foi lastimável e não é da nossa natureza", defendeu. "O produtor rural não tem necessidade de atacar ninguém tanto é que o agronegócio no Brasil é um sucesso internacional. O produtor rural não está para semear a discórdia mas vem sendo continuamente agredido e pior, com apoio de órgãos do governo federal".


"O que não interessa nem aos ruralistas e nem ao MST é uma guerra no campo. Sem paz, não se planta, não se cria, não se produz e todos perdem", avalia ouvidor-geral de Segurança Pública do estado, Adão Paiani.

ABr


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